O cronograma com a previsão das usinas que deverão entrar em operação neste ano apresentado ontem no balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não bate integralmente com as projeções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Numa comparação da tabela do PAC com os relatórios de fiscalização disponíveis no site da agência – atualizados no dia 15 deste mês -, constata-se que, das 13 usinas termelétricas que, segundo o PAC, começarão a gerar energia este ano, sete, conforme os dados da Aneel, só começarão a gerar em 2009, ou até mesmo em 2010.

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Somadas, a potência dessas usinas que estão com os dados conflitantes é de 742 megawatts (MW), o equivalente a cerca de 58% dos 1.275 MW de usinas térmicas que, segundo o governo, deverão entrar no sistema neste ano.

O Ministério de Minas e Energia explicou que existem diferenças entre os dados porque baseia suas projeções em outros relatórios elaborados pelo Departamento de Monitoramento do Setor Elétrico (DMSE), órgão que, segundo o governo, é integrado também pela Aneel.

Um dos casos em que há a diferença na comparação é o da Termomanaus. Pelo calendário do PAC, essa usina, de 142 MW, deveria entrar em operação no segundo semestre deste ano. Nas tabelas da Aneel, porém, a estimativa é de que a usina comece a gerar energia em 2009.

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No caso das hidrelétricas, as previsões do governo e da Aneel coincidem. Mas as discrepâncias voltam a aparecer nos dados relativos às Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Pelo PAC, a usina de Porto das Pedras (28 MW), em Mato Grosso do Sul, deve ser acionada ainda neste ano. Já nos relatórios da Aneel, a estimativa é de que ela comece a produzir em 2009.