Uma fortuna de mais de R$ 800 milhões pode estar simplesmente esquecida nos bancos por cerca de 3,4 milhões de investidores. Esse é o valor referente aos extintos fundos 157, convertidos em outras aplicações em 1985 e hoje distribuídos em diversas instituições financeiras.

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Muita gente não se lembra da existência do investimento ou não sabe como encontrá-lo, mas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ajuda no processo e este ano põe em funcionamento uma ferramenta tecnológica para facilitar o resgate. A bolada, inclusive, deve ser maior do que a estimada.

“Esse montante de R$ 800 milhões foi contabilizado em 2009, um momento em que houve depreciação de valores por causa da crise internacional. Então, é possível que o valor tenha crescido, embora isso também dependa dos resgates e do valor de cada carteira”, diz o Superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM, José Alexandre Vasco.

A consulta pode ser feita por CPF na página da CVM. Se houver algum dinheiro disponível, o sistema acusa, e o investidor deve entrar em contato com a instituição financeira. Se o resgate não for providenciado pela administradora, a própria CVM manda um ofício para reaver a aplicação, mesmo que o valor seja baixo. A autarquia também auxilia no caso de a administradora original não existir mais, já que se trata de um investimento de décadas atrás. Investimentos de pessoas já falecidas também podem ser resgatados.

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Os fundos 157 foram criados em 1967 como um incentivo de investimento aos contribuintes. O mecanismo dava a opção de utilizar parte do valor devido no Imposto de Renda em fundos administrados por bancos de livre escolha do aplicador. Todas as pessoas que declararam IR entre 1967 e 1981 e usaram o recurso podem ter saldo a receber. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.