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Custo industrial caiu 1% no 1º tri, mas indústria perde competitividade, diz CNI

O indicador de custos industriais caiu 1% no primeiro trimestre de 2019, na comparação com o quarto trimestre de 2018 na série dessazonalizada. O dado consta do estudo Indicador de Custos Industriais, divulgado nesta quarta-feira, 12, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a CNI, essa foi a maior retração no indicador desde o segundo trimestre de 2016, quando houve queda de 1,3%.

Essa queda no custo industrial, destaca a CNI, foi puxada pelos custos com produtos intermediários, tanto domésticos como importados, cujas quedas superaram as altas nos custos tributário, com capital de giro e com energia.

O custo com energia cresceu 1,0% no primeiro trimestre de 2019, na comparação com o último trimestre do ano passado. Esse é o nono trimestre seguido de alta no custo com energia para a indústria.

Lucratividade

Mesmo com a retração nos custos, a indústria perdeu competitividade no trimestre, segundo o estudo, tanto no mercado doméstico como externo. No mercado doméstico, foi verificada a retração no preço dos produtos manufaturados importados, em reais, que superou a queda dos custos industriais, tornando assim os importados mais baratos que os produtos domésticos.

No mercado externo, aponta a pesquisa, o preço em reais dos produtos manufaturados nos Estados Unidos caiu mais que os custos industriais brasileiros. Assim, nossas exportações também permaneceram relativamente mais caras.

“A queda dos custos industriais também não representou um aumento da lucratividade no trimestre, pois o preço dos produtos manufaturados no Brasil acompanhou a queda dos custos”, diz o estudo.

“Para enfrentar a crise e a competição com os importados, a indústria repassou a redução de custos para os preços”, avalia o gerente-executivo de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, em nota divulgada pela entidade.

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