Curitiba registra alta de cesta básica em outubro

O valor médio da cesta básica aumentou em outubro, na comparação com setembro, em 15 das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo a Pesquisa Nacional de Cesta Básica, distribuída hoje pela instituição e que passou a contar no mês passado com a capital do Estado do Amazonas como a mais nova integrante, os aumentos mais expressivos no valor médio do conjunto de produtos alimentícios essenciais ocorreram em Fortaleza (8,07%), Natal (7,99%), na estreante Manaus (5,79%), em Salvador (4,80%) e Vitória (4,13%).

De acordo com o Dieese, as únicas quedas foram apuradas nas cestas básicas de Brasília (-0,27%) e de João Pessoa (-0,28%). Em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte foram constatados avanços de 1,48%, de 2,51% e de 0,79%, respectivamente.

No acumulado do ano de janeiro a outubro, apenas cinco capitais apresentaram variação acumulada inferior a 10%: Belém (2,79%), Aracaju (5,21%), Goiânia (6%), Belo Horizonte (8,75%) e Recife (9%). Os maiores aumentos ocorreram em Florianópolis (19,71%), Curitiba (18,25%), Natal (18,06%), Fortaleza (15,79%) e Salvador (15,06%). Em Brasília, o valor da cesta acumulou alta de 14,08%; em São Paulo, de 10,96%; e, no Rio de Janeiro, de 13,64%.

Cidades

A cidade de Porto Alegre ocupou, em outubro, o posto de capital brasileira com a cesta básica mais cara do Brasil. Conforme levantamento do Dieese, o custo médio do conjunto de produtos alimentícios essenciais na capital gaúcha alcançou R$ 239,82 no mês passado, o que representou uma elevação de 3,30% sobre setembro. Desta maneira, o município ultrapassou São Paulo no ranking das cestas brasileiras com valor mais significativo.

A capital paulista ficou na segunda posição em outubro, com valor médio de R$ 238,15 para a cesta, o que significou um aumento de 1,48% sobre o preço de setembro. O terceiro maior valor foi verificado em Florianópolis (R$ 228,44), que foi seguida de perto pelas cestas de Belo Horizonte (R$ 222,71); Curitiba (R$ 221,40); Manaus (R$ 221,35); Rio de Janeiro (R$ 220,99) e Brasília (R$ 220,44). As cestas mais baratas do período foram encontradas em Recife (R$ 169,40) e João Pessoa (R$ 177,32).

Produtos

Na avaliação do Dieese, de maneira diferente da que foi observada em setembro, quando a maior parte dos preços dos itens que compõem a cesta básica mostrou recuo, em outubro, cresceu o número de itens com predominância de alta na maioria das 17 capitais pesquisadas. Entre os destaques do mês, a instituição mencionou os comportamentos do feijão, da carne e do açúcar.

O preço do feijão subiu em 15 das 17 capitais em outubro, com as elevações mais significativas verificadas em Manaus (20,18%), Vitória (14,22%), Florianópolis (13,37%), Rio de Janeiro (10,52%) e Fortaleza (10,06%).

A carne, que é o produto de maior peso na cesta, apresentou alta em 14 localidades, com destaque para Natal (10,85%), Vitória (10,76%) e Rio de Janeiro (8,18%). Retrações foram verificadas em João Pessoa (-0,18%), Belém (-0,19%) e Brasília (-1,04%). Quanto ao açúcar, o preço médio do produto subiu em 14 cidades, com as maiores taxas verificadas no Rio de Janeiro (13,22%), Porto Alegre (10,71%) e Florianópolis (8,76%).