Cúpula do G-20 aprova reforma do sistema financeiro

A reunião do G-20, realizada em Toronto, no Canadá, resultou num acordo para reforma do sistema financeiro, baseada em quatro pontos principais: o fortalecimento do sistema de regulamentação, supervisões mais efetivas, concessão de poderes e instrumentos para a reestruturação de todos os tipos de instituições financeiras em crise e a maior transparência do sistema financeiro. Dentre as resoluções, também está a redução dos déficits dos países pela metade até 2013 e a estabilização ou redução da relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB) até 2016.

Os Estados Unidos estimam reduzir seu déficit para 4,2% de sua produção doméstica bruta até 2013, porcentual que atualmente é de 10,1%. A Alemanha pretende chegar a um déficit de 3% em 2013, a partir dos 5,5% desde ano. Mas os Estados Unidos dependem mais do crescimento econômico para atingir seu objetivo do que a Alemanha, que deve crescer num ritmo mais lento.

A Casa Branca disse neste domingo que os participantes da reunião do G-20 concordaram que a principal prioridade é proteger e fortalecer a recuperação, se concentrando no crescimento forte, sustentável e equilibrado. Em comunicado, a Casa Branca disse que os integrantes do grupo concordaram em manter suas medidas de estímulo atuais para sustentar a recuperação e a “consolidação fiscal necessária para restabelecer finanças públicas sustentáveis pelo período necessário para a regulação e para proteger a recuperação adaptadas às circunstâncias nacionais”.

Os líderes do G-20 querem que novembro de 2010 seja o prazo final para novos padrões de capitalização dos bancos, medida considerada essencial para a corrigir o sistema financeiro global. Nas últimas horas da reunião, os líderes concordaram que os padrões de capitalização devem proteger os bancos de uma crise futura nos moldes da de 2008, destacando, pela primeira vez, que o G-20 busca novos padrões que serão esboçados ainda neste ano.

Os integrantes do G-20 concordaram que as medida de austeridade não podem ser decretadas ao mesmo tempo e precisam ser adaptadas e planejadas tendo em vista o crescimento global sustentável. Os Estados Unidos temem que colocar um freio nos gastos de maneira muito rápida – particularmente com a retirada de estímulos – pode prejudicar a frágil recuperação econômica. A Europa, enquanto isso, está concentrada principalmente na redução da dívida e em proteger mercados que recentemente elevaram o preço dos títulos do governo. As informações são da Dow Jones.

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