Cultivo de coco é viável no Paraná

O Paraná tem potencial para produzir coco verde. Principalmente, a região noroeste do Estado, onde o solo predominante é o arenito. A afirmação é de Parreiras Rodrigues, fundador e presidente da Associação Paranaense de Produtores de Coco (Asparcoco) e autor do projeto que pretende introduzir o coco como uma alternativa agroindustrial paranaense. Segundo Rodrigues, existem hoje cerca de cem pequenos produtores no Estado, mas o objetivo é ampliar este número. A projeção, informa ele, é que em cinco anos o Paraná seja auto-suficiente na produção do fruto.

“Cultivar coco é uma idéia que encontrou muita resistência no início. Principalmente porque os agricultores são imediatistas: plantam hoje e já querem colher amanhã”, afirma. No caso do coco, lembra ele, leva cerca de três anos para o pé começar a produzir e só depois de dois anos a produção é plena. A vida útil do pé, por sua vez, é longa: cerca de 60 anos.

Para incentivar o cultivo, Rodrigues conta que pretende capitalizar cerca de R$ 150 mil para a formação de uma cooperativa e implantação de uma indústria de transformação de derivados de coco no interior do Estado. “Temos tanta certeza da viabilidade do fruto, que a gente pretende instalar uma indústria que irá atender do pequeno ao grande produtor. É uma alternativa para uma região tomada sobretudo por pastagem”, sugere.

Cocoicultura

Tanto o projeto da indústria como o cultivo do coco em si serão expostos no próximo dia 10 – Dia de Campo da Cocoicultura – em três municípios da região noroeste: Marilena, São Pedro do Paraná e Porto Rico, onde o fruto já é produzido. A idéia, segundo Rodrigues, é esclarecer os agricultores sobre os benefícios da cultura. Um dos mais importantes, lembra ele, é a questão da rentabilidade: um hectare de terra suporta até 200 pés de coco. Considerando que um pé conduzido tecnicamente – isto é, adubado e irrigado – produz pelo menos 100 frutos por ano, vendidos por aproximadamente R$ 0,30 cada, o resultado é de quase R$ 6 mil por hectare.

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