Cuidado ao deixar veículo à venda em consignação

Os recentes casos de proprietários de revendas de veículos usados que foram presos por deixarem os clientes na mão trouxeram à tona os perigos que o consumidor corre ao deixar seu veículo em consignação em um destes estabelecimentos.

Essa forma de tentar vender o carro é até bastante atrativa, pois muitas vezes o valor pago pode ser maior do que aquele conseguido nas concessionárias. Porém, é preciso tomar algumas precauções ao deixar o carro em um destes locais.

A primeira questão à qual o consumidor deve ficar atento é em relação à idoneidade da loja. Uma dica do diretor de relações públicas da Associação dos Revendedores de Veículos no Estado do Paraná (Assovepar), Gilberto Deggerone, é verificar se o local é filiado à Assovepar.

Para ter certeza, basta procurar na loja uma placa com o nome da associação, ou ainda ligar para o telefone 41-3014-7150. No site da Assovepar www.assovepar.com.br também constam essas informações. “Outra dica é pegar indicação com amigos”, recomenda Deggerone.

O segundo grande passo – e talvez o mais importante – é fazer um contrato com o dono da loja. Neste contrato devem constar as características do veículo e o valor pelo qual ele deve ser negociado.

Na consignação, o dono da revenda sempre fica com uma parte do dinheiro, que é usado para possíveis despesas com o carro, como o pagamento da comissão do vendedor, impostos, entre outros.

“Essa quantia pode variar entre 10% a 15% do valor do carro, tudo depende do que for acertado entre as partes. O valor é justo, pois a loja assume todas as despesas com o carro depois da venda”, diz Deggerone.

Também é imprescindível que o consumidor deixe na loja somente o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo, que é o documento que permite a rodagem do veículo, mas não permite a venda.

Já o outro documento que permite a venda – o Certificado de Registro do Veículo – deve ser guardado em casa e só ser entregue ao lojista depois que a transação for concretizada.

Outras dicas são consultar o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da loja para verificar se ela tem pendências com a justiça ou com o Procon; consultar a Receita Estadual e Federal e, ainda, verificar junto ao Departamento de Trânsito do estado (Detran) se as multas e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) do veículo estão pagos, até para evitar problemas com o dono da loja no futuro.

Ao se sentir lesado, o consumidor deve procurar o Procon ou, se necessário, a Polícia Civil. O Procon fez no ano passado 4.567 atendimentos referentes à compra e venda de veículos, como automóveis, motocicletas e caminhões. Somente neste ano já foram registrados 131 atendimentos.

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