Levantamento

Crescem queixas de clientes de grandes bancos

Aumentaram as reclamações dos clientes de grandes bancos sobre os serviços prestados. Levantamento mensal do Banco Central mostra que o número de queixas sobre cinco grandes instituições financeiras cresceu 19,5% em janeiro na comparação com igual mês de 2011. Ante dezembro, o volume de insatisfeitos aumentou 8%. Lideram o ranking dos mais reclamados Santander, Itaú e Banco do Brasil.

Em janeiro, o BC registrou 846 reclamações consideradas “procedentes” em cinco grande bancos: Itaú, BB, Santander, Bradesco e HSBC, pela ordem de reclamações.

Segundo esse levantamento, o Itaú registrou 252 reclamações procedentes em janeiro para universo de 24,3 milhões de clientes. Nessa pesquisa, o BC divulga um índice de reclamações – ponderado pelo volume de queixas e o número de clientes – que alcançou 1,03 ponto no caso do Itaú. Esse é o segundo mês seguido em que o banco paulista lidera o ranking de reclamações do BC. O Banco do Brasil, ficou com 0,78 ponto no ranking e o Santander (0,68 ponto).

O levantamento também mostra que o débito indevido em contas correntes (que abrange cobranças erradas) é a queixa mais frequente dos clientes há dois anos seguidos: o tema segue na liderança desde fevereiro de 2010. Em janeiro último, 21% de todas as reclamações consideradas procedentes pelo BC diziam respeito apenas a esse problema.

A cobrança irregular de tarifas está em segundo lugar no ranking das queixas. Em seguida, são listados: esclarecimentos incompletos ou incorretos, descumprimento de prazos, cobrança irregular em cartão de crédito, operações de crédito, conta salário e crédito consignado.

Trabalhadores dizem que um dos motivos para o aumento das reclamações pode estar relacionado à dinâmica de oferta de serviços financeiros e o estabelecimento de metas. “Esse modelo baseado na pressão por venda de produtos financeiros só tem resultado no aumento das reclamações de clientes”, reclama a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.

Pesquisa recente dessa entidade diz que 72% dos caixas e 63% dos gerentes declararam sofrer “pressões abusivas para superar as metas”. As fusões decorrentes de aquisição de um banco também produzem problemas, caso do Santander, após a compra do Real.