Cresce a produção agrícola

O Brasil terá uma produção estimada de mais de 115 milhões de toneladas. Esse número é cerca de 22% maior que o ano passado, quando a produção chegou a 96 milhões. O Paraná também registrou um crescimento na produção, passando de 21 milhões para 26 milhões de toneladas. Com isso, o Estado participa com 22,7% da produção nacional.

Os produtos que correspondem a 95% desses resultados no Estado são trigo, sorgo, soja, milho, feijão, amendoim, arroz e algodão. Esses dados foram apresentados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Paraná, e são os indicadores considerados pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento como avaliação da safra 2002/2003. De acordo com o superintendente da Conab, no Estado, Jorge Argemiro Dias foram fatores determinantes para a produção os preços remunerados, as condições climáticas, a aplicação de tecnologia e insumos e os recursos financeiros. Segundo ele, o agronegócio gerou 37% dos empregos no Estado, assim como, representou um incremento de 8,5% no Produto Interno Bruto (PIB).

A cultura do milho continua sendo a principal em termos de produtividade, e mantém o Estado como líder na produção nacional. Apesar da área cultivada não ter sido ampliada de forma significativa, a produção deu um salto, de 9 milhões para 11 milhões de toneladas. O gerente de suporte estratégico da Conab, Pedro Corrêa avalia que essa diferença alcançada foi em função das boas condições climáticas. O milho de primeira safra – entre setembro e outubro – já foi colhido e a expectativa é que 5 milhões sejam exportados, sendo 2 milhões a mais do que a safra anterior.

O trigo vem em segundo lugar em termos de produtividade, com intenção de plantio de 1.160,6 mil hectares, para uma produção estimada de 2,3 milhões de toneladas. Teve impacto nesse resultado o nível tecnológico, o custo de outras lavouras, as cotações de mercado e o apoio da indústria. Pedro Corrêa acrescenta que o produto acompanha o câmbio, e as expectativas de comercialização são boas, em torno de R$ 30,00 o tipo um. Outra vantagem para a cultura, diz Corrêa, é que a indústria está fazendo compra antecipado do produto, o que dá uma folga para os recursos governamentais que seriam disponibilizados.

Já a cultura da soja teve um incremento de 8,5% na área cultivada, e com isso o Paraná conseguiu igualdade em produtividade com o Mato Grosso, maior estado produtor da cultura no Brasil. Os dois estados atingiram 3 mil quilos por hectare. A safra do Paraná – de 10,7 milhões de toneladas – vai representar 20% da produção nacional de soja. Hoje, 50% do produto está por ser comercializado, sendo que a redução na cotação do dólar provocou retração nas vendas. A saca estava sendo contada na quinta-feira à R$ 33,50, contra R$ 43,93 em dezembro de 2002, maior preço obtido pela cultura. “Essa diferença está fazendo com que o sojicultor espere a reação do mercado para vender o produto”, finalizou Corrêa.

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