Crédito consignado impulsiona operações

  Arquivo / O Estado
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Brasília (ABr) – O volume de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 541,2 bilhões em agosto, com aumento de 1,5% sobre julho. O acumulado nos 12 meses fechados em agosto aumentou 18,7% na comparação com o período anterior (fechado em julho). A informação foi dada ontem pelo diretor do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Para ele, a evolução do crédito em agosto ?vem em linha com o observado nos últimos meses e foi impulsionado pelo crédito consignado, que vem crescendo muito e promete continuar nesse ritmo, considerando que os juros são cada vez menores e os prazos cada vez maiores?.

Os juros do crédito consignado estão em cerca de 33,6% ao ano, enquanto os do crédito pessoal giram em quase 96% ao ano, informou Altamir. Na linha dos créditos direcionados (rural, habitacional e do BNDES), que totalizaram R$ 185,6 bilhões em agosto, o resultado foi determinado pelo crescimento de 2,9% nos financiamentos concedidos pelo sistema Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas, os empréstimos para os setores rural e habitacional, segundo Altamir, não apresentaram variações significativas.

O relatório divulgado pelo Banco Central revela que aumentaram as operações com o cheque especial, em conseqüência das despesas do mês de julho. ?Nas férias aumentam os gastos das famílias e em agosto é hora de cobri-las. Então o cidadão recorre ao cheque especial?, disse Lopes.

Os financiamentos através de leasing, que têm juros mais baratos, também estão se expandindo, segundo destacou. Essa modalidade é usada em financiamentos de automóveis, pelas concessionárias, e também para a aquisição de máquinas e equipamentos pelo setor produtivo. Segundo Altamir Lopes, eles ?têm contribuído para aquecer o mercado automotivo, aumentando a produção e as vendas, como está acontecendo no momento no País?.

O volume de créditos para pessoas jurídicas com recursos domésticos alcançou R$ 124,3 bilhões em agosto, com crescimento de 0,6% em relação a julho. Nas operações em moeda estrangeira o crédito apresentou retração de 0,9% em agosto, se comparado a julho, somando R$ 48,1 bilhões. Segundo o Banco Central, isso se explica em virtude da concentração de liquidações e à apreciação cambial (valorização) ocorrida no mês, com o real se valorizando em relação ao dólar.

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