O Banco Social, programa coordenado, no município, pela Companhia de Desenvolvimento de Curitiba (CIC), está incrementando a economia nos bairros financiando pequenos comerciantes, industriais e prestadores de serviços, formais e informais. Em operação a partir de abril de 2002, o Banco liberou até agora, em Curitiba, R$ 2,35 milhões em microcrédito. Foram fechados 831 contratos de financiamento para 5.255 microempresários.
Segundo levantamento feito pela CIC, a maior parte dos recursos (52,71%) foi destinada a investimentos. Outros 23,59% foram aplicados em capital de giro e 23,71% dos recursos tiveram aplicação mista.
O comércio lidera o ranking dos contratos respondendo por 48,01% dos empréstimos, seguido por serviços (37,42%) e indústria (14,56%). As atividades que mais recebem recursos do programa são confecção de vestuário com 10,47%, comercialização de roupas, calçados e armarinhos (8,30%) e serviços de costureira, pespontadeira e bordadeira (6,50%).
O segmento informal é o que mais demanda recursos: 68,23% do total. Isso mostra que o dinheiro liberado está ajudando a gerar renda e dar sustento a famílias de baixa renda do município. A média de valores financiados é de R$ 2,8 mil por contrato.
As mulheres são as que mais procuram os postos de atendimento do Banco. Elas assinaram 57,16% dos contratos de financiamento. No quesito escolaridade 47,41% dos beneficiados concluiu o ensino médio, 37,18% têm o ensino fundamental e 15,40% fizeram curso superior.
Acesso
Criado pelo governo do Estado em 2001 e implantado em Curitiba através de parceria com a Prefeitura, Agência Estadual de Fomento e Sebrae, o Banco Social garantiu crédito a pequenos empreendedores que normalmente não têm acesso às linhas tradicionais de financiamento.
Em Curitiba, pequenos e micro-empreendedores podem solicitar o financiamento em oito postos de atendimento. São sete nas Ruas da Cidadania – Boqueirão, Pinheirinho, Santa Felicidade, Bairro Novo, Boa Vista, Fazendinha e Cajuru – e um na Agência do Trabalhador, no centro da cidade.
O processo é simples. Feita a solicitação de financiamento, o Banco verifica se o candidato atende aos itens necessários. O próximo passo é uma visita técnica do agente de crédito da Unidade Municipal do Banco Social à microempresa. Feito isso, o agente de crédito vai até o local de trabalho para conhecer melhor o candidato e seu negócio e para obter as informações necessárias para formalizar a solicitação de crédito.
Se a solicitação for aprovada pelo Comitê Municipal de Crédito, o processo é enviado à Agência de Fomento para homologação. Em seguida, o microempresário é informado da data em que deve comparecer para assinatura de contrato e formalização das garantias, com a conseqüente liberação dos recursos rapidamente.
O programa financia valores que variam de R$ 300 a R$ 5.000, a juros de 1,5% ao mês – bem abaixo das taxas praticadas no mercado financeiro convencional. O prazo de pagamento é de seis a 18 meses. Os recursos são oriundos da Agência Estadual de Fomento. Em Curitiba o Banco Social é desenvolvido em parceria pela Prefeitura, Sebrae, Agência Fomento do Paraná e Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social.