CPMF inibe aplicações financeiras

São Paulo

– A idéia do governo de isentar de cobrança da Contribuição Financeira sobre Movimentações Financeiras (CPMF) o trânsito do dinheiro de uma aplicação a outra no mercado financeiro vai favorecer principalmente os pequenos e médios investidores. “É uma decisão importante que teria de ser tomada cedo ou tarde, principalmente por causa da tendência de queda dos juros”, comenta o gerente da Divisão Private Banking do Sudameris, Eduardo Santalúcia.

O recolhimento de CPMF nas movimentações do dinheiro é o principal fator inibidor de migração de uma aplicação para outra. Uma alíquota de 0,38% sobre o juro básico de 20%, no momento, equivale a uma redução de 1,90% do rendimento na transferência, explica Santalúcia. A mesma alíquota sobre um juro de 14%, projetado por ele para meados do ano que vem, corresponderia a uma redução de 2,71% na rentabilidade na movimentação. “A isenção, como prevê o governo, vai pôr fim a essa carga absurda sobre o investidor que muda de aplicação.”

Um aplicador que recolhe CPMF no valor de R$ 3,80 sobre R$ 1 mil vai levar bastante tempo para recuperar essa diferença. “À medida que o juro for ficando mais baixo, a tributação vai ficando mais pesada em termos percentuais”, diz.

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