Costa quer análise sobre impacto de compra da GVT

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, defendeu hoje uma análise detalhada da eventual compra da operadora de telecomunicações GVT pelo grupo francês Vivendi antes de fazer uma avaliação sobre o impacto da operação no Brasil. “A gente tem que fazer uma boa análise para saber o que significa isto, que impacto isto traz para a continuidade dos serviços da empresa no Brasil e de que maneira isto interfere no mercado de trabalho”, afirmou o ministro em rápida entrevista ao chegar ao ministério. Ontem, o conglomerado francês de telecomunicações Vivendi anunciou que quer comprar a operadora brasileira GVT Holdings, por cerca de R$ 5,4 bilhões.

Segundo Hélio Costa, o expressivo crescimento da GVT nos últimos anos tem despertado interesse de investidores estrangeiros. “Eles devem ter visto o mesmo relatório que eu vi, mostrando que a empresa que mais cresceu na área de telecomunicações no último ano foi a GVT”, afirmou.

Na opinião de Costa, como a GVT é uma empresa média, ela tem um potencial maior de crescimento que uma grande empresa. “A verdade é que a GVT cresceu em torno 40% nos últimos anos. E isto certamente despertou a curiosidade destes investidores estrangeiros”, acrescentou.

Ao ser questionado sobre um eventual interesse da Telefônica em comprar a GVT e se não seria mais interessante a aquisição da companhia por um grupo que já está estabelecido no Brasil, Costa respondeu que não tem opinião formada sobre o assunto. “O que eu estou dizendo é que agora chegou o momento em que a gente tem de estudar esta questão para saber o que é melhor, o que nós podemos defender para o melhor interesse do consumidor. E tomar sempre todas as precauções”, afirmou.

Uma eventual mudança de controle na GVT tem que passar pela avaliação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Uma fonte da Anatel disse à Agência Estado que, a princípio, não há impedimento regulatório para o negócio. Caso a compra seja efetivada, o pedido de anuência prévia terá de ser apresentado à Anatel tão logo o negócio seja comunicado ao mercado.

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