Correção: Setor público tem pior superávit para meses de março, de R$ 239 milhões

A nota enviada anteriormente contém uma incorreção. O superávit do setor público acumulado no primeiro trimestre, de R$ 19,003 bilhões, equivalente a 1,37% do PIB, é o pior resultado para o período desde 2009 e não histórico. Segue o texto corrigido.

O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou superávit primário de R$ 239 milhões em março, informou o Banco Central, nesta quinta-feira, 30. O resultado é o pior para o mês da série histórica, iniciada pelo BC em 2002.

Em fevereiro, as contas públicas registraram déficit primário de R$ 2,300 bilhões, o pior resultado desde 2013. Já em março de 2014, houve superávit de R$ 3,580 bilhões. O resultado primário consolidado do mês passado ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que iam de um superávit primário de R$ 1,900 bilhão a R$ 5,800 bilhões, com mediana positiva de R$ 3,0 bilhões.

O esforço fiscal do mês passado foi composto por um superávit de R$ 1,483 bilhão do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com déficit de R$ 1,146 bilhão no mês. Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 1,633 bilhão, os municípios tiveram superávit de R$ 487 milhões. Já as empresas estatais registraram déficit primário de R$ 97 milhões.

Trimestre

No primeiro trimestre do ano as contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 19,003 bilhões, o equivalente a 1,37% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado é o pior desde 2009.

Segundo o Banco Central, em igual período de 2014, o resultado ficou positivo em R$ 25,631 bilhões. Desde o anúncio da nova equipe econômica para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o BC vem dizendo que o esforço fiscal tende a seguir o caminho da neutralidade em 2015, podendo até mesmo apresentar um viés contracionista.

O resultado fiscal de período foi influenciado pelo superávit de R$ 4,886 bilhões do Governo Central (0,35% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 14,598 bilhões (1,06% do PIB). Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 12,235 bilhões, os municípios alcançaram um saldo positivo de R$ 2,363 bilhões. As empresas estatais, no entanto, registraram um resultado negativo de R$ 481 milhões no período.

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