Correção: Empresas criam portal para comercialização

A nota publicada anteriormente contém duas incorreções. A meta da companhia de negociar 2.000 MW médios de energia é mensal. As demais projeções também são de volume comercializado ao mês. Além disso, o sobrenome do executivo é Cotellessa, e não como constou. Segue o texto corrigido.

Comercializadores de energia anunciaram hoje a criação do Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), que foi definido como um portal de negócios de comercialização de energia elétrica. A plataforma iniciará as operações apenas no início de 2012, oferecendo inicialmente a formalização eletrônica de contratos e um balcão multilateral para a transação de compra e venda de energia.

Segundo o presidente da empresa, Flávio Cotellessa, os serviços e produtos oferecidos propiciarão redução de custo operacional e agilidade, além de favorecer a governança. “O objetivo da empresa é trazer o melhor ambiente de negociação de energia com liquidez, segurança e transparência nas operações”, comentou.

O balcão foi criado a partir de seis comercializadoras: Capitale Energia, CMU Energia, Comerc Energia, Ecom Energia, Grupo Delta Energia e SOLenergias, mas os sócios ressaltam que o balcão é totalmente aberto à entrada de outros agentes como sócios do empreendimento e de fato, em três meses já conquistaram outros seis sócios: BoltEnergia, Diferencial Energia, Nova Energia, Safira Energia, Koma Energia e Tradener.

Segundo Cotellessa, outros três agentes, incluindo uma geradora, também estão em fase avançada de negociação e há previsão que até o fim de novembro a empresa contará com outros cinco sócios. “O balcão está aberto a quem está no Ambiente de Contratação Livre (ACL)”, disse, lembrando que atualmente existem 1.500 participantes do mercado livre, que podem passar para 10 mil se houverem mudanças das regras. Ele ponderou que nem todos devem se tornar sócios, alguns deverão apenas acessarem o balcão. Além de comercializadores, consumidores e geradores, também poderão participar agentes financeiros, bolsas, corretoras e “quem mais tiver interesse nesse mercado”, comentou.

A meta da companhia é alcançar 2.000 MW médios mensais de energia negociada até meados do ano que vem, volume que corresponde à comercialização no mercado spot dos atuais sócios e que representa aproximadamente 50% do mercado de curto prazo. Além dos produtos para o mercado de curto prazo, o balcão deverá oferecer produtos para médio e longo prazo. No total, o balcão prevê encerrar 2012 com 2.545 MW médios/mês, passando para 4.546 MW médios/mês em 2013, alcançando 5.384 MW médios/mês em 2016.

O balcão tem planos de se tornar uma bolsa de energia, mas prefere não traçar meta para que isso ocorra. “Para virar bolsa, o mercado precisa ter volume, produtos com liquidez e participantes. O mercado precisa estar maduro”, comentou Cotellessa. Independente do prazo para se tornar uma bolsa, o balcão avalia que poderá divulgar o seu índice de energia já em 2012. “Para ter índice é preciso ter volume de negociação”, disse.