Para analistas do mercado, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana fica entre duas possibilidades: o corte ou a manutenção acompanhada da renovação do viés de baixa. Jogam a favor da primeira decisão o baixo nível de atividade revelado pelos indicadores da indústria e comércio e a queda significativa no núcleo do IPCA de junho. ?O mais baixo desde maio do ano passado?, lembra o economista chefe do Santander, André Loés, para quem o BC ?tem razões e também espaço para um corte agora?.
Na mesma linha segue o BBV Banco. ?Há fatores tanto de preços quanto de nível de atividade para justificar um corte agora?, comenta o economista do BBV, Luís Afonso Fernandes Lima. Também contribuiriam para um corte agora a flexibilidade para as metas de inflação para 2003 e 2004 anunciada pelo governo – muitas pessoas acharam que aquele seria o gatilho para o uso do viés – e ainda a menor volatilidade do mercado financeiro nos últimos dias.