Copel testa software livre

A Copel está ampliando seu programa interno para disseminar o uso dos chamados softwares livres (programas computacionais cujo acesso aos códigos-fonte é liberado) com a instalação de um laboratório que vai servir de base para testes na rede, nos aplicativos e nos bancos de dados utilizados pela empresa. Os resultados ali obtidos vão validar a troca da plataforma tecnológica e a migração do atual sistema de licenças pagas para um software livre.

O laboratório, equipado com sete microcomputadores, foi inaugurado na última terça-feira no Pólo Administrativo da Companhia, localizado no bairro do Mossunguê, em Curitiba.

Os estudos para a utilização massiva do Linux, um software livre capaz de atender toda a corporação, foram iniciados em 1995 pela área de Tecnologia da Informação da Copel. Com as recentes mudanças no foco político e social da administração pública federal e estadual para que suas empresas e órgãos passassem a demandar programas livres, a Copel viu-se estimulada a acelerar e deslanchar os planos em direção à migração total de sua plataforma tecnológica. “A partir destes resultados, vamos poder dizer com absoluta convicção que tipo de benefício é possível obter com a troca dos programas licenciados pelos livres”, informa Gilberto Griebeler, diretor de Gestão Corporativa da Copel.

Testes

O laboratório vai ser uma forma de experimentar e testar as várias possibilidades de uso, bem como os eventuais erros e defeitos decorrentes do emprego sistemático e massivo dos programas livres diante da rotina diária de trabalho. O analista de sistemas Roberto Rathunde, responsável pelo programa, observa que uma mudança como essa significa alterar o ambiente de trabalho das pessoas, fato que requer treinamento e envolve custos de implantação. “Neste laboratório veremos como o programa deve funcionar na prática, pois será possível avaliar sua eficácia sob o ponto de vista do usuário, do fornecedor e principalmente dos clientes”, explica.

Além do laboratório, o projeto da Copel contempla outras frentes que estudam e verificam a viabilidade do emprego do software livre nos sistemas de comunicação, servidores e até estações individuais de trabalho, que chegam a 5 mil postos. “Utilizamos na empresa programas computacionais dos quais depende o bom funcionamento do sistema elétrico, o que logicamente nos impede de simplesmente promover a troca de sistemas sem antes estudar e comprovar à exaustão sua eficácia e absoluta segurança”, pondera Antônio Sérgio Guetter, superintendente de Tecnologia da Informação da Copel.

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