Copa não alavancou as vendas do comércio varejista

O pentacampeonato da seleção brasileira não foi suficiente para estimular as vendas do comércio varejista da maneira que se esperava. Após três meses de crescimento, os indicadores de junho da Associação Comercial do Paraná (ACP), divulgados ontem, apontam queda de 16,45% nas vendas a prazo e 12,71% nas vendas à vista com cheque, em relação a maio.

Apesar de junho historicamente apresentar resultados negativos, a queda em 2002 foi mais acentuada. Para os economistas da ACP, o fraco desempenho do setor se deve ao quadro de instabilidade econômica e política do País e aos problemas financeiros internacionais. O único destaque positivo do mês passado foi o movimento no Dia dos Namorados, com aquecimento de 6,13% nas vendas à vista em relação ao mesmo período de 2001.

A avaliação da ACP é que a “sensação” de aumento nas vendas por conta da Copa do Mundo beneficiou em maior proporção o comércio informal de camisetas, bandeiras e demais utensílios para os torcedores. Segundo a entidade, a mudança do horário de funcionamento das lojas devido ao campeonato também ajudou a desviar a atenção do consumidor das vitrines. Outro fator que não motivou as compras foi a ausência do frio neste inverno, que não provocou a tradicional corrida às lojas para comprar roupas da época e equipamentos elétricos para aquecimento.

A taxa de inadimplência calculada pela ACP apresentou elevação, passando de 2,95% em maio, para 4,58%. Já a taxa anualizada caiu de 2,86% para 2,77%.

Menos gastos

As perspectivas para julho não são animadoras para o comércio. Os economistas da ACP destacam a diminuição da renda disponível para compras em função dos reajustes já anunciados na telefonia, gás de cozinha e transporte público.

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