Cooperativas poderão emprestar mais

Brasília  – Depois de permitir a transformação das cooperativas de crédito em algo parecido a pequenos bancos regionais, para tentar estimular o mercado de crédito no País, o Banco Central decidiu ontem aumentar a capacidade de essas entidades realizarem novos empréstimos.

A partir de agora, com o mesmo patrimônio, as cooperativas poderão realizar mais operações. As maiores beneficiadas com as mudanças nas regras aprovadas pela diretoria do BC são as cooperativas centrais e as singulares filiadas a essas centrais. Na prática, a capacidade delas de impulsionar o mercado de crédito foi equiparada à dos bancos.

Atualmente, as cooperativas centrais poderiam acumular um total de empréstimos equivalente a 7,6 vezes o patrimônio de referência que possuem. Com a mudança, esse potencial de crédito sobe para 9 vezes. Isso significa que se as centrais tinham, por exemplo, R$ 100 mil de patrimônio, poderiam emprestar até R$ 760 mil e, agora, poderão chegar a R$ 900 mil em operações de crédito. No caso das cooperativas singulares, que são ligadas a centrais, a capacidade de alavancagem sobe de 6,6 vezes para 9 vezes.

Já para as cooperativas independentes, o BC estabeleceu regras menos generosas: em vez de ter uma carteira de empréstimos correspondente a 5 vezes o valor do patrimônio, elas poderão chegar, no máximo, a um total equivalente a 6,6 vezes.

Essas alterações já vinham sendo estudadas pelo BC há algum tempo. No início do mês passado, o diretor de Normas do BC Sérgio Darcy, havia adiantado que a idéia era elevar o potencial de empréstimo dessas co-operativas de crédito. Ainda de acordo com a decisão tomada pela diretoria do BC, ficou estabelecido que os bancos cooperativos seguirão os mesmos critérios utilizados pelos bancos múltiplos e comercias no País, no referente ao índice de Basiléia. Com isso, essas instituições serão obrigadas a apresentarem um patrimônio de referência mínimo de 11% do total de suas operações de empréstimos.

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