O presidente da Federação dos Trabalhadores em Cooperativas no Estado do Paraná (Fetracoop), Mauri Viana, afirmou que a entidade vai apresentar aos trabalhadores da Copacol uma proposta alternativa ao que chamou de ?terrorismo da empregabilidade? que a categoria está enfrentando em função da redução das exportações provocadas pela gripe aviária. A federação vai defender na assembléia geral, marcada para amanhã, em Cafelândia, Oeste do Estado, a manutenção dos atuais salários. ?Não podemos concordar com nenhum tipo de redução salarial?, defende Mauri.
A Copacol, para evitar mais demissões, pretende reduzir em 20% os salários dos seus empregados. A contraproposta da Fetracoop é que a cooperativa não altere os salários e demita os trabalhadores, pagando todos os direitos contratuais, seguro desemprego e demais verbas rescisórias. Mas com a garantia de recontratação dos mesmos funcionários dispensados após o término da crise do setor aviário.
?A expectativa é que a crise dure entre cinco a oito meses. Neste período os trabalhadores ficariam em casa recebendo o seguro desemprego, com a certeza que serão recontratados pela Copacol.? Na opinião de Viana, o setor cooperativista teve lucro nos últimos cinco anos e há oito anos está se beneficiando com a redução de impostos e taxas do governo federal e estadual.
A assembléia geral para definir se os trabalhadores concordam com a redução nos salários, foi uma sugestão apresentada pelo Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho, durante uma mesa-redonda envolvendo representantes da Fetracoop e da Ocepar, ocorrida na semana passada, na Delegacia Regional do Trabalho, em Curitiba.


