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Consumo de gás natural cai 10,9% em julho ante julho de 2018, diz Abegás

O consumo de gás natural chegou a 65,44 milhões de metros cúbicos por dia em julho, o que corresponde a uma queda de 10,9% ante o mesmo mês do ano passado, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). A classe industrial apresentou queda de 4,8% no consumo, na comparação anual, para 27,8 milhões de metros cúbicos/dia.

“A queda em relação aos números do ano passado também sinaliza uma desaceleração da atividade econômica e industrial. Embora o consumo industrial tenha ficado estável em relação a junho, com alta de apenas 0,37%, na comparação com julho de 2018 a retração é de 4,8%”, declarou o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.

O executivo também destacou que números do consumo total de gás natural são impactados pelo despacho termelétrico definido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), reflexo direto de questões hidrológicas.

Em julho, o volume de gás natural destinado à geração de energia elétrica somou 25,4 milhões de metros cúbicos, montante 17,9% menor que o verificado no mesmo período do ano passado, mas 62,1% acima do verificado em junho, o que também influenciou na alta de 18,1% do consumo total, na comparação com o mês anterior.

Ainda segundo a Abegás, em julho, o número de unidades consumidoras de gás natural chegou a 3,58 milhões de unidades consumidoras nas indústrias, comércios e residências, postos de combustíveis, entre outros pontos de consumo.

“É importante que o País aproveite a janela de oportunidade dada pelo programa ‘Novo Mercado de Gás’ e pela assinatura do TCC entre Petrobras e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para criar políticas que ampliem a infraestrutura essencial do setor, interiorizando a malha de gasodutos”, acrescentou Salomon.

Segundo ele, o aumento da malha de gasodutos permitirá que o gás natural alcance mais municípios, levando desenvolvimento econômico e bem-estar social a diversas regiões do País ao atrair investimentos em novas indústrias, comércios e atividades ligadas ao uso do gás natural.

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