O consumo de energia elétrica no Paraná vem quebrando sucessivos recordes esta semana. Na terça-feira, a carga do sistema elétrico chegou a 4.420 MW, superando a marca anterior, de 4.401 MW, no dia 19 de novembro.

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Na quarta-feira, a demanda já foi maior, com 4.489 MW. Ontem, a solicitação instantânea chegou a 4.510 MW. A informação foi divulgada ontem, pela Copel, que atribuiu os recordes ao calor dos últimos dias.

O perfil do consumo também vem tendo mudanças. O chamado horário de ponta, que é o período do dia com maior demanda simultânea de energia, e que normalmente ocorre no início da noite, vem acontecendo à tarde.

Os últimos picos aconteceram, respectivamente, às 14h45, na terça-feira, às 15h47, na quarta-feira e às 14h35, ontem. As três marcas desta semana também são bem superiores à maior concentração de carga simultânea medida pela Copel em fevereiro do ano passado, que foi de 4.100 MW.

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Os equipamentos de climatização, utilizados em todos os segmentos de consumo, são apontados pela Copel como os maiores responsáveis pela alta demanda. De acordo com a engenheira Ana Rita Mussi, gerente do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel, sistemas residenciais e comerciais, operam, nesses horários, continuamente e no máximo de suas capacidades. Ela lembra, também que a indústria e atividades como a avicultura, por exemplo, também exigem, cada vez mais, ambientes climatizados.

Nacional

A carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) também bateu novo recorde ontem, atingido o pico de 70.654 MW às 14h49, conforme informou o Operador Nacional do Sistema (ONS). É o quarto dia consecutivo de recordes na carga.

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O ONS também está registrando dois “horários de pico”: o momento logo após ao almoço, com alto consumo industrial e de aparelhos de ar condicionado, e o tradicional, no início da noite, quando começa o consumo residencial. No primeiro horário de pico é que os recordes têm sido batidos.

Queda

Ontem, ainda, a Copel informou que a queda de energia ocorrida no início da tarde (às 15h14), que atingiu pelo menos 11 bairros e 37 mil unidades consumidoras, em Curitiba, não teve relação com a forte demanda.

Segundo a empresa, o problema, que aconteceu na subestação do Bacacheri, foi causado por galhos de árvores que estavam bastante próximos à rede elétrica e provocaram um curto circuito em uma das linhas.

O desligamento, explicou a empresa, causou também uma sobrecarga nas outras duas linhas que abastecem a subestação, que desligou automaticamente. A situação, segundo a Copel, foi totalmente normalizada às 16h40.