Consumo cai, mas indústria pensa reajustar cigarro

A Souza Cruz estudar reajustar os preços dos cigarros em São Paulo e nos três Estado do Sul (RS, SC e PR). O aumento deve atingir as três principais marcas da empresa – Free, Hollywood e Hilton.

O tamanho do reajuste ainda está sendo avaliado. A expectativa é de que os preços mudem em agosto ou setembro, segundo o tesoureiro da empresa, Antonio Duarte Castro. Um dos motivos do reajustes é acompanhar a concorrência, que finalizou no final do mês passado uma “promoção” de redução de preços.

A Philip Morris, dona da marca Marlboro, voltou a cobrar R$ 1,75 pelo maço da marca LM, que concorre com o Hollywood. Antes, o preço estava em R$ 1,50.

Em resposta à “promoção” da Philip Morris, a Souza Cruz também tinha baixado em 14%, de R$ 1,75 para R$ 1,50, o valor do maço do Hollywood, tornando-o equivalente ao do concorrente. Já o Free KS (maço) teve no mês passado uma baixa de 12,5%, de R$ 2 para R$ 1,75, enquanto o Hilton Slims recuou 6%, de R$ 1,60 para R$ 1,50.

Semanalmente, a Souza Cruz está estudando o comportamento das vendas no varejo. Quando anunciou a queda dos preços no mês passado, alguns analistas projetavam um aumento das vendas.

Mas, anteontem, a empresa divulgou que as vendas de cigarros tiveram uma queda de 7,7% no primeiro semestre.

Menos fumantes

No primeiro semestre deste ano, os mais de 30 milhões de brasileiros fumantes compraram cerca de 64 bilhões de cigarros. Esse número representa uma queda de 11,5% em relação ao registrado em igual período do ano passado, quando foram vendidas 72 bilhões de unidades.

Ou seja, o mercado brasileiro deixou de consumir 8 bilhões de cigarro, na comparação entre os dois períodos. É como se cada consumidor tivesse deixado de fumar dois maços por mês. A média por pessoa caiu de 20 maços para 18 por mês. O cálculo considerou um maço com 20 unidades.

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