A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 5,7% em outubro ante 5,6% em setembro, informou na manhã desta terça-feira, 23, a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve recuo de 0,7 ponto porcentual no indicador.

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“O resultado mostra ao longo dos últimos meses uma expectativa de inflação dos consumidores bem ancorada. Apesar de uma elevação das expectativas do mercado para o próximo ano, o consumidor continua mantendo suas expectativas de inflação estáveis. Excelente notícia, uma vez que o período eleitoral está acabando e não ocorreu nenhum choque de preços relevante”, avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota.

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Na distribuição por faixas de inflação, 57,1% dos consumidores projetaram uma taxa dentro dos limites de tolerância da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano, ou seja, entre 3% e 6%. No mês anterior, esse porcentual era de 57,6% dos consumidores.

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A proporção de consumidores indicando inflação abaixo do limite inferior de 3% recuou de 8,4% em setembro para 6,4% em outubro.

A expectativa de inflação caiu para todas as faixas de renda em outubro, exceto para famílias que recebem entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, com aumento de 0,4 ponto porcentual, puxando a taxa global no mês.

O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores da FGV é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.