Consumidor se queixa do aumento nos remédios

Rio

  – A aposentada Vera Lúcia Sequeira queixa-se dos aumentos freqüentes nas compras da farmácia. Afinal, os dois remédios que costuma usar ? Revitam Júnior e Stresstabs ? subiram em média 11%, desde que o governo deixou de controlar, em 21 de fevereiro, os preços de 265 tipos de medicamentos dos três mil vendidos atualmente. Mas seria pior se o remédio de uso contínuo fosse o Cutisanol, que ficou 22,37% mais caro de dezembro até hoje, no maior aumento encontrado numa pesquisa feita pelo jornal em que foram checados os preços de 60 produtos.

A média ficou em 11,81%, ou seja, acima do reajuste máximo autorizado pelo governo para os remédios que ainda estão com os preços controlados, que foi de 9,92%, e da média, de 8,63%:

? Os preços dos remédios não deveriam ter sido liberados. Ninguém compra remédio por querer, mas por necessidade ? reclama Vera Lúcia, que hoje gasta R$ 50 com os dois medicamentos.

O analgésico Aspirina, um dos mais conhecidos, teve o preço reajustado em 16,5%, uma das maiores altas encontradas na pesquisa. Outro a subir também bem acima da média foi o analgésico Termoprim, com um reajuste de 21,77%. E há ainda outros exemplos: o polivitamínico Larvitan está 20,96% mais caro desde dezembro (a caixa com 30 drágeas passou de R$ 27,62 para R$ 33,41). Mas o administrador Vinicius Chaves, que sofre de rinite alérgica, afirma que seu remédio para nariz, Sorine, subiu de R$ 2,50, há seis meses, para R$ 4,86 hoje, numa alta de 93,2%:

? Ainda bem que não uso remédios com freqüência.

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