Construção civil acredita em retomada

Depois de amargar períodos recessivos, a construção civil parece estar finalmente retomando o fôlego. Pelo menos é esta a opinião do presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Paraná (Ademi-PR), Volmir Sellig. Até domingo, a entidade promove a 13.ª Feira de Imóveis, no Estação Embratel Convention Center, em Curitiba. A expectativa é que o evento atraia cerca de 50 mil pessoas e gere negócios de aproximadamente R$ 40 milhões – quase 30% do volume total de negócios que devem ser fechados em 2004.

“A gente espera que esta feira represente um marco entre o período de estagnação e uma nova época”, afirmou Sellig. Segundo ele, em 2003 houve redução de quase 48% na entrega de obras em relação ao ano anterior. O início deste ano também foi marcado por queda acentuada, de quase 12%. “O mercado está começando a se movimentar agora, não só na construção civil, mas na economia num todo”, afirmou.

Para Sellig, o governo federal já está começando a fazer sua parte, com a Caixa Econômica Federal disponibilizando o financiamento para a construção e abrindo financiamento para a população de baixa renda, que ganha até quatro salários mínimos. “Há uma demanda reprimida grande no País, cerca de 7 milhões de pessoas que necessitam de moradia. Só em Curitiba, há cerca de 50 mil na fila da Cohab”, lembrou. Para Sellig, outro fator que deve estimular a construção civil é a Lei 10.931/04, que estabelece a relação entre o agente financeiro, a construtora e o comprador e traz mais segurança para as três partes.

Sellig criticou a pesada carga tributária que, segundo ele, responde por quase 43% do custo de um imóvel e a alta exagerada dos preços de insumos, como cimento, aço, vidro e alumínio. “Só o aço subiu 33% este ano, sem justificativa. O problema é que há oligopólio no mercado, senão monopólio, e são estas poucas empresas que ditam os preços”, reclamou. Um exemplo é a Alcoa, que responde por quase 90% do mercado de alumínios no Brasil, e a Votorantim, que responde quase 70%. “Não há como reagir a isso.”

Outros serviços

A feira está ofertando quase 6 mil imóveis para todos os gostos e bolsos. E quem quiser fechar negócio na hora poderá contar com o serviço de um avaliador de automóveis – no caso de o interessado quiser pagar parte de sua compra com o veículo -, e agentes financeiros da Caixa Econômica Federal. O evento conta ainda com a presença de quatro cartórios, que podem fazer a escritura na hora, e o Cartório 24 horas, através do qual é possível solicitar certidões para verificar a situação do imóvel.

O evento acontece no piso Poty do Estação Embratel Convention Center até o próximo domingo, sempre das 17h às 22h, com exceção do domingo, quando encerra às 20h. A entrada é franca, mediante o preenchimento do convite disponível na entrada do evento e a doação voluntária de um quilo de alimento não-perecível, por pessoa.

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