Conselho da Copel autoriza reunificação da empresa

O Conselho de Administração da Copel autorizou formalmente a diretoria da Companhia a tomar todas as medidas necessárias para a reunificação da empresa, inclusive perante a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, órgão que regulamenta as atividades e fiscaliza as concessionárias do setor. Em reunião realizada nesta terça-feira, o Conselho, que é o mais elevado foro de gestão administrativa da Copel, também aprovou os atos já praticados pela diretoria com aquele objetivo e elogiou a rapidez com que as providências têm sido tomadas. “Estou tendo a satisfação de ver a Copel readquirir o perfil da empresa eficiente e integrada que presidi”, afirmou o presidente do Conselho de Administração, Ary Queiroz, que dirigiu a estatal de 1983 a 1986.

O fecho do processo de reunificação da Copel será a extinção das cinco subsidiárias que foram criadas em julho de 2001 (geração, transmissão, distribuição, telecomunicações e participações), inspiradas no modelo privatizante imposto ao setor de elétrico pelo antigo governo. “Reconstruir a unidade corporativa da Copel, valorizando-a como patrimônio do povo do Paraná e ferramenta para o desenvolvimento econômico e social do Estado, é prioridade do governador Roberto Requião”, informou o presidente da Companhia, Paulo Pimentel.

Ele lembrou que a Aneel já teve conhecimento da disposição do governo paranaense de promover a reintegração da Copel por uma correspondência enviada no dia 8 de janeiro, e que a própria ministra Dilma Rousseff, de Minas e Energia, dias depois, endossou essa posição afirmando desconhecer a existência de qualquer dispositivo legal que obrigasse as empresas elétricas integradas, como a Copel, a promoverem cisões. “Nossa empresa já opera como estrutura única”, observou Pimentel. “E a única coisa que vai permanecer separada será a contabilidade, para assegurar a transparência e facilitar a fiscalização dos organismos responsáveis”.

Até o final deste semestre, a Diretoria Executiva da Copel deve apresentar ao Conselho de Administração um relatório sobre os benefícios financeiros e as vantagens de ordem estratégica, empresarial e operacional a serem conquistados com a reunificação.

Investimentos

Também foi aprovado pelo Conselho o orçamento de investimentos da Copel para o ano de 2003, no total de 250 milhões de reais. As atividades contempladas com as maiores parcelas de recursos são as de distribuição (o atendimento direto aos consumidores) e de transmissão (o transporte de energia em grande escala, integrando as unidades de produção aos centros de consumo). “Não por acaso, são atividades cujo funcionamento vai resultar no bom ou no mau serviço da Copel para o consumidor”, explicou Pimentel. “Convém lembrar que há poucos dias, nossos clientes manifestaram numa pesquisa da Aneel insatisfação com o atendimento que receberam da empresa no ano passado, e a Copel está determinada a reagir e reconquistar sua posição de melhor entre as grandes concessionárias do Brasil”.

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