A equipe do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, tem sido considerada uma das responsáveis pela calmaria no mercado financeiro, que parece ter dado um voto de confiança ao novo governo. O fato de os integrantes da equipe serem de escolas diferentes, avaliam consultores e empresários, é um dado positivo e não significa que haverá mudanças bruscas de regras ou desvios nos rumos das políticas econômica, fiscal e cambial.

Para o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, a escolha de Jorge Rachid ? ex-secretário-adjunto da Receita Federal ? como secretário da Receita é uma prova de que o trabalho de Everardo Maciel foi bem-sucedido.

? A escolha de Rachid foi uma mostra de que o nível da arrecadação vinha sendo bom. Não existe motivo para que aquilo que estava bom não fique melhor ainda ? diz.

O ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola ressalta que o recrutamento de pessoas que estavam próximas à equipe anterior do Ministério da Fazenda ? como Rachid e o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, ex-chefe da assessoria econômica do Ministério do Planejamento ? indica que o novo governo manterá os preceitos básicos da política macroeconômica.

Mas essa convergência não deve ocorrer na área de infra-estrutura, na avaliação do cientista político Christopher Garman. Ele lembra que a ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef; os presidentes da Eletrobrás e da Petrobras, Luiz Pinguelli e Eduardo Dutra, e o futuro presidente do BNDES, Carlos Lessa, têm posturas radicalmente contrárias às administrações anteriores.

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