A confiança do consumidor recuou 0,4 ponto em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) desceu a 88,1 pontos, mantendo-se em patamar baixo em termos históricos.

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Em médias móveis trimestrais, o indicador registrou a quinta queda consecutiva, acumulando uma perda de 7,5 pontos no período.

“Após subir no mês anterior, a confiança do consumidor ficou relativamente estável em julho. Houve muita heterogeneidade nas respostas: entre consumidores de maior poder aquisitivo o otimismo aumentou; entre os demais, as expectativas continuaram sendo revisadas para baixo. Aparentemente, para o consumidor de baixa renda, a preocupação com o mercado de trabalho e com a situação financeira familiar são ainda os fatores de maior peso a determinar os movimentos da confiança neste ano”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 1,9 ponto em julho, para 75,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,0 pontos, para 97,7 pontos, permanecendo abaixo do patamar de 100 pontos pelo quarto mês consecutivo.

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O componente que mede o grau de satisfação com a economia no momento presente subiu 0,9 ponto. A avaliação sobre a situação financeira das famílias avançou 2,8 pontos, para 70,2 pontos, nível ainda muito baixo em termos históricos, ponderou a FGV.

O item que mede o otimismo com a situação financeira das famílias nos próximos meses caiu 4,1 pontos. A intenção de compra de bens de consumo duráveis encolheu pelo segundo mês consecutivo, acumulando uma queda de 8,0 pontos no período.

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No mês de julho, houve melhora na confiança apenas entre os consumidores mais ricos, com renda familiar mensal superior a R$ 9.600. A alta do indicador nessa faixa de renda foi de 4,0 pontos, para 93,0 pontos, puxado por um maior otimismo com a situação econômica futura e maior ímpeto para compras de bens duráveis.

A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.850 domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1 e 20 de julho.