Confiança do comércio recua em agosto, segundo a CNC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) voltou a recuar em setembro. A taxa foi negativa em 0,7% ante o mês anterior, divulgou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta quinta-feira, 02, atribuindo a queda, principalmente, à variação negativa do subíndice que mede a percepção das condições correntes (- 4,7%). Em agosto, o Icec havia crescido 2%, interrompendo uma sequência de dez meses de queda.

Na comparação sazonal, também as intenções de investimento caíram, -0,9%. Já as expectativas, que haviam puxado a alta no mês passado, voltaram a subir (+1,8%), evitando uma queda ainda mais expressiva do Icec em setembro.

“Apesar da ligeira recuperação do otimismo nos últimos meses, tanto os investimentos quanto as expectativas seguem em níveis consideravelmente abaixo daqueles verificados em setembro de 2013”, afirmou o economista da CNC Fabio Bentes, em nota.

Na comparação com setembro de 2013, o Icec registrou variação negativa de 9,0%, puxado pela deterioração na avaliação das condições correntes. Para 62,4% dos empresários, as condições atuais do setor estão piores do que há um ano, sendo que na opinião de 28,9% houve piora acentuada nos últimos 12 meses. Com isso, a avaliação das condições correntes do setor atingiu o seu patamar mais baixo desde o início da pesquisa, em 2011.

Comparado a setembro de 2013, as expectativas recuaram 5,5%. Mas, em relação a agosto subiram 1,8%. Segundo a CNC, o principal responsável tanto pelo avanço mensal quanto pela retração no comparativo anual segue a expectativa média em relação ao desempenho da economia brasileira.

A pesquisa captou também que a maioria dos entrevistados (73,2%) projeta um cenário econômico melhor para os próximos meses. Há um ano esse percentual era de 83,0%. As intenções de investimento, no entanto, recuaram 0,9% em relação ao mês anterior e 7,1% contra o mesmo mês de 2013.

“Em ambos os casos, o principal responsável pelas retrações foi a menor propensão a investir capital nas empresas. O crédito mais caro neste ano tem desestimulado não somente a tomada de recursos por parte dos consumidores, mas também inibido os investimentos no setor, especialmente em um ano em que as vendas vêm perdendo fôlego”, informou a CNC.

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