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Confiança da indústria da FGV supera nível neutro pela 1ª vez desde setembro/2013

A confiança da indústria, medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 1 ponto em fevereiro ante janeiro, alcançando 100,4 pontos. Dessa maneira, o indicador ultrapassou o nível neutro de 100 pontos, saindo do patamar de pessimismo, pela primeira vez desde setembro de 2013 (101,7 pontos).

“O resultado de fevereiro sugere que a trajetória de crescimento gradual da confiança se mantém, com calibragem nas avaliações sobre a situação atual e melhora das perspectivas do setor para os meses seguintes”, avaliou a coordenadora da Sondagem da Indústria, Tabi Thuler Santos.

Outro destaque da pesquisa desse mês, segundo Tabi, é a alta disseminada da utilização da capacidade, que atingiu, conforme ela, um nível comparável ao de meados de 2015, “ainda distante, no entanto, da média histórica do indicador”.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) aumentou 0,9 ponto porcentual entre janeiro e fevereiro, para 75,6%, o maior desde junho de 2015 (75,8%). A alta foi disseminada por 13 dos 19 segmentos industriais. Mas, apesar do avanço, o Nuci ainda se encontra mais de 6 pontos porcentuais abaixo da média histórica dos dez anos anteriores à recessão de 2014 a 2016, de 82,3%.

A alta da confiança industrial em fevereiro ocorreu, contudo, em menos da metade dos segmentos industriais. O Índice de Expectativas (IE) subiu 3,4 pontos, para 101,4 pontos, o maior desde junho de 2013 (104,9 pontos). Já o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,5 ponto, para 99,4 pontos, após sete altas consecutivas.

Segundo a FGV, na métrica de médias móveis trimestrais, os dois indicadores seguiram avançando: o IE subiu 1,1 ponto, para 99,9 pontos, e o ISA mostrou elevação de 0,8 ponto, para 99,6 pontos.

No IE, após cair 7,3 pontos em janeiro, o indicador de expectativas com a evolução do pessoal ocupado foi a principal influência para a alta em fevereiro. O segmento avançou 5,9 pontos, para 99,4 pontos. Houve elevação da proporção de empresas prevendo aumentar o quadro de pessoal, de 17,8% para 20,6%, e diminuição da proporção das que esperam redução, de 12,3% para 12,0%, o menor desde outubro de 2013 (10,9%).

Já a principal contribuição para a queda do ISA foi a piora na percepção sobre os negócios, que caiu 2,2 pontos, para 96,4 pontos. Apesar de a parcela de empresas que avaliam a situação como boa subir, de 18,3% para 18,6%, a fatia das que a consideram ruim cresceu em maior proporção, de 19,1% para 19,8%.

A edição de fevereiro de 2018 coletou informações de 1.030 empresas entre os dias 1º e 26 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 27 de março de 2018. A prévia deste resultado será divulgada no dia 21 de março.

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