Comprovante de aluguel para financiar imóvel

O Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci) entregou à Caixa Econômica Federal, em Brasília, uma proposta que pode revolucionar as condições de financiamento imobiliário no país, principalmente para os trabalhadores da economia informal. A solicitação propõe que a Caixa Econômica Federal passe a aceitar o pagamento de aluguel como comprovante de poder de endividamento dos candidatos a financiamentos imobiliários.

?Se a CEF, que é um banco social, aceitar essa proposta, em breve as demais instituições bancárias seguirão o mesmo modelo?, afirma o presidente do Cofeci, João Teodoro da Silva. De acordo com o presidente, milhões de brasileiros passarão a ter acesso ao crédito imobiliário. ?Em todas as pesquisas de opinião, o sonho da casa própria segue como um dos principais desejos do brasileiro. Se uma família paga 700 reais de aluguel, pode assumir o mesmo ônus adquirindo um imóvel?, acrescenta João Teodoro.

Um documento emitido por uma imobiliária, corretor de imóveis ou locador vai fornecer o histórico de pagamento de aluguéis do candidato ao financiamento. Para o Consultor Técnico da Vice-Presidência de Desenvolvimento Urbano e Governo da Caixa, Anecir Scherre, a proposta chegou em boa hora. ?Estamos analisando alternativas de comprovação de regularidade de pagamento de compromissos, principalmente para a análise sócio-econômica de proponentes a financiamento?, declarou.

Segundo o presidente do Cofeci, a declaração com o histórico de pagamentos de aluguéis vai subsidiar as análises de risco e ser uma espécie de atestado de idoneidade para os candidados a financiamento. A gerente Nacional de Crédito Imobiliário do Banco, Mara Lúcia Soterio, concordou. Ela lembrou que muitos candidatos ao crédito têm seu cadastro e capacidade de pagamento aprovados, mas têm seu crédito rejeitado por insuficiência de informação comprovada de sua vida pregressa. ?Poderíamos usar o histórico do aluguel para aprovar quem foi rejeitado por perfil?, sugeriu.

A proposta está sendo analisada pela Caixa Econômica Federal.

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