O plano de compra de títulos corporativos pelo Banco Central Europeu (BCE) deve se mostrar uma ferramenta mais efetiva para combater a fraqueza da inflação do que a compra de bônus soberanos, afirmou hoje Ardo Hansson, membro do conselho de governadores da instituição.

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Canalizar dinheiro diretamente para as empresas será “potencialmente muito mais poderoso do que o fazer por métodos indiretos, como os bônus soberanos”, afirmou Hansson, que também comanda o Banco Central da Estônia. “Esta ferramenta fará muito mais por euro gasto do que outros instrumentos indiretos”, disse.

No mês passado, o BCE anunciou que incluiu títulos de dívida corporativa dentro de seu programa de compra de ativos, atualmente em cerca de 80 bilhões de euros por mês. Para o estoniano, a compra de títulos corporativos ajuda a evitar o perigo moral que existe na compra de bônus soberanos, uma medida que pode encorajar governos a adiar reformas. “Sempre fui muito mais cético quanto às compras desses bônus”, disse.

O dirigente também salientou a predisposição da autoridade monetária em adotar outras medidas para combater a baixa inflação caso seja necessário. Ele reiterou, no entanto, que os instrumentos ainda não utilizados pelo BCE são provavelmente menos efetivos do que aqueles já ativos.

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“Coisas ainda não usadas, quando colocadas à mesa, quase por definição são menos eficientes”, disse. Fonte: Dow Jones Newswires.