Comissão propõe mudanças para reduzir custos trabalhistas

Brasília – Congresso e governo abriram discussão sobre um modelo alternativo de relações de trabalho que permita redução dos custos trabalhistas e crie perspectivas de ampliação de empregos no País. Na quarta-feira, o presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Nelson Marquezelli (PTB-SP), entregou ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, um esboço de proposta que cria um sistema optativo, em que os trabalhadores receberiam pagamento por tarefa executada, ganhando o salário bruto, sem descontos de qualquer espécie, como o previdenciário, por meio de cartão magnético. A proposta, porém, não extinguiria o atual regime de trabalho feito pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), uma vez que o modelo alternativo funcionaria como optativo.

Na próxima quarta-feira, Lupi irá à Comissão do Trabalho para se encontrar com os parlamentares pela primeira vez desde a posse no cargo, há cerca de 15 dias. Ele é um dos ministros que se manifestaram contra a proposta, vista como corte de conquistas históricas. ?Não vou defender reformas que tiram os direitos do trabalhador?, avisou.

A idéia é abrir esse debate. ?Na conversa que tivemos, o ministro foi receptivo a discutir o assunto. Porque, já que existe essa resistência geral a mexer com a CLT, inclusive do próprio ministro, a idéia é apresentar um modelo alternativo de caráter optativo?, afirma Marquezelli. ?O modelo atual das relações trabalhistas é obsoleto, ultrapassado e não ajuda em nada na geração de empregos.?

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