A comissão mista do Congresso que analisava a medida provisória 871 encerrou nesta quinta-feira, 9, seus trabalhos, com a aprovação da matéria. A medida é uma das primeiras enviadas pelo governo de Jair Bolsonaro ao Legislativo e tem como objetivo combater fraudes e irregularidades em benefícios previdenciários.

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O texto do relator Paulo Martins (PSC-PR) foi aprovado com algumas alterações. Entre as mudanças, parlamentares retiraram do texto a isenção às empresas de qualquer responsabilidade sobre acidentes que os trabalhadores sofram a caminho ou no retorno do trabalho. A necessidade de deficientes terem de revalidar seu cadastro para receber o benefício também foi retirado.

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Outra mudança adiou, de 1º de janeiro de 2020 para 31 de dezembro de 2021, o início da norma que tornará o cadastro do governo federal a única forma dos trabalhadores rurais se aposentarem como segurados especiais.

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Houve impasse antes do início da votação. Membros da comissão queriam manter os sindicatos como um intermediário para que os trabalhadores rurais possam solicitar o benefício ao governo. Mas o governo foi irredutível nessa questão e acabou vencendo na votação do destaque por 15 a 7 votos. Os deputados a favor da manutenção das entidades vão tentar reverter isso no plenário.

A votação da MP na comissão, que deveria começar às 10 horas, teve início depois das 11h30 porque os parlamentares ficaram tentando construir acordos sobre a questão dos sindicatos e outros temas.

O parecer de Martins teve a concordância do secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho. Entre as medidas que permaneceram no texto, está a previsão da perda de direito à pensão por quem for condenado por tentativa de homicídio contra segurado que dá origem ao benefício.

A medida agora deverá ser votada pelos deputados no plenário e na sequência pelo Senado. O prazo de validade da matéria é 3 de junho.