Como acontece todo ano, muita gente deixou para fazer as compras de Natal na última hora. Ontem de manhã, no centro de Curitiba, o movimento no comércio ainda era intenso. Nas lojas, as pessoas pareciam um pouco apressadas e procuravam por produtos a serem inseridos na ceia, por artigos para levar em viagens e pelos últimos presentes de amigos e familiares.

continua após a publicidade

A garçonete Rosane Piske acordou às 7 horas para se preparar para a maratona final de compras. Ela chegou ao centro logo que os primeiros estabelecimentos começaram a abrir as portas e saiu à procura principalmente do presente do amigo-secreto, que iria ser revelado à meia-noite. “Ainda bem que foi fácil achar o que meu amigo secreto pediu, pois as lojas devem ficar ainda mais cheias ao longo do dia. As pessoas estão correndo para encontrar o que necessitam”, afirmou.

A profissional de eventos Camila de Paula estava atrás dos últimos presentes. Após percorrer diversas lojas, ela disse ter notado a falta de alguns produtos que, em dias anteriores, eram facilmente encontrados nas prateleiras. “Estou comprando coisas básicas e do dia-a-dia. Porém, notei que as novidades disponibilizadas pelas lojas já acabaram. É muito ruim deixar as compras para a última hora, mas todo ano acabo fazendo isso. Sou bem brasileira”, brincou.

Perfume, lingerie, panetones, chocolates e outros doces. Esta era a lista de compras do profissional liberal Edmur Santos, que se queixava dos preços de alguns produtos e, mesmo na última hora, estava motivado a pesquisar e fazer bons negócios. “Os preços estão altos e alguns produtos subiram nos últimos dias. Por isso, estou pesquisando e só vou levar para casa o que for mais vantajoso”, revelou.

continua após a publicidade

Edmur contou que começou a fazer as compras natalinas há cerca de vinte dias. Mesmo assim, ficaram faltando alguns itens e surgiram presentes de última hora. Apesar da grande quantidade de clientes, ele avaliou como bom o atendimento da maioria das lojas e contou não estar tendo dificuldades para encontrar produtos. Ontem, as lojas do centro permaneceram abertas até as 18h. Os shoppings centers funcionaram em horários variados.

Expectativa

continua após a publicidade

Entidades representativas do comércio estimam que as vendas, neste Natal, serão menores do que se esperava até setembro passado, em razão da crise econômica. Mesmo assim, o crescimento deverá se situar entre 5% e 7%, sobre uma base de vendas do ano passado que também foi positiva.

O preço médio do presente, neste ano, também deve ser menor do que o esperado. Estimativas anteriores previam que o tiquete médio deveria girar em torno de R$ 60. Porém, nos últimos dias constata-se que o consumidor está sendo mais realista que os empresários e a venda média tem girado em torno de R$ 40.