Varejo

Comércio isento da crise econômica no Paraná

As vendas do comércio varejista do Paraná apresentaram, em setembro, crescimento de 8,16%, em comparação ao mesmo mês de 2007. É o melhor resultado entre os estados da região Sul. Santa Catarina registrou aumento de 7,82%, e o Rio Grande do Sul, de 5,96%.

Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de janeiro a setembro de 2008, o comércio paranaense registrou incremento de 7,66% nas vendas, apesar da crise financeira internacional.

Entre os segmentos que vêm impulsionando o crescimento do setor destacam-se os ramos de materiais de escritório e informática, com alta de 91,49% nos nove primeiros meses de 2008, artigos de uso pessoal e doméstico (20,1%) e móveis e eletrodomésticos (13,45%).

Em relação ao varejo ampliado ((varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção), as maiores taxas para o volume de vendas ocorreram em Rondônia (30,1%), Roraima (25,3%), Ceará (24,5%), Mato Grosso (23,7%) e Paraíba (23,2%).

Já em termos de impacto no resultado global, os destaques foram São Paulo (19,2%), Paraná (14,2%), Rio Grande do Sul (13,3%), Minas Gerais (12,9%) e Rio de Janeiro (10,8%).

“O bom desempenho do comércio varejista reflete o momento virtuoso da economia do Paraná, com a expansão do emprego e dos salários reais”, avalia Julio Suzuki, coordenador da área de conjuntura do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Todas as vinte e sete Unidades da Federação apresentaram resultados positivos na comparação setembro08/setembro07. Destacaram-se com as maiores variações: Rondônia (26,5%); Paraíba (24,2%); Roraima (14,6%); Maranhão (13,9%); e Ceará (12,5%).

Quanto à participação na composição da taxa do Comércio varejista, os destaques foram, pela ordem, São Paulo (12,3%); Rio de Janeiro (6,8%); Minas Gerais (7,1%); Paraná (8,2%); e Rio Grande do Sul (6,0%).

Vendas de final de ano devem cair

A crise na economia internacional deve refletir no desempenho das vendas do varejo neste final de ano. O comércio paranaense já reduz a expectativa de crescimento, que antes era de 8%, para menos de 6%.

De acordo com o consultor econômico da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), Vamberto Santana, o setor já está consciente de que as vendas não devem atingir as previsões de crescimento feitas na metade do ano.

Santana explica que um conjunto de variáveis deve influenciar no desempenho do comércio. “A taxa de juros, que teve uma alteração nos últimos meses, pode desencorajar os consumidores a comprar a prazo e, assim, as vendas financiadas devem diminuir.”