Foto: Lucimar do Carmo

Consumidor compra mais.

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As vendas do comércio paranaense tiveram expressivo crescimento em fevereiro passado, conforme aponta Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio do Paraná. A média ponderada de alta nos pólos pesquisados Região Metropolitana de Curitiba, Londrina, Maringá e Oeste (Cascavel, Toledo e Marechal Cândido Rondon) – chega a 5,68%. No acumulado do ano (janeiro e fevereiro), o crescimento é de 5,87% na comparação com o mesmo período do ano passado.

?As concessionárias de veículos, que vendem, além de carros de passeio, também tratores, colheitadeiras e outros equipamentos para a agricultura registraram expressivo aumento nas venda por conta da recuperação do campo?, explica o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana. Essa melhora do desempenho do agronegócio – que já vem desde o segundo semestre do ano passado – junto com as previsões de crescimento da safra de grãos para este ano, estão trazendo um clima de otimismo ?para o produtor rural, gerando efeitos positivos para o comércio,? acentua Piana.

Há outros pontos que favorecem o crescimento das vendas. Entre eles, a expansão da oferta de financiamento pelo mercado de crédito, o efeito sazonal das vendas das livrarias e papelarias, típico do início de ano letivo; a estabilidade dos preços e a queda nos juros.

?Os setores de autopeças e acessórios também registraram crescimento em fevereiro, por conta das viagens de férias escolares e o período de carnaval. As lojas de departamentos, por sua vez, registraram crescimento nas vendas principalmente de eletroeletrônicos, graças a planos de financiamento e expansão de prazos com juros menores?, acentua o dirigente. O aquecimento da comercialização de imóveis financiados pelo sistema bancário também se refletiu no setor de materiais de construção.

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Os dados do emprego no bimestre janeiro-fevereiro de 2007 comparados a 2006, apontam: a) RM de Curitiba: crescimento de 0,47%; b) Londrina: redução de 6,65%; c) Maringá: diminui 2,27%; d) Oeste: aumento de 1,23%. Neste período ocorrem os desligamentos da mão-de-obra temporária, contratada ao final do ano anterior.

Em fevereiro permaneceram alguns fatores de aquecimento na economia, em condições de repercutirem, direta ou indiretamente, sobre o comércio, entre eles os projetos específicos de investimento no Paraná por intermédio do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, que poderão agilizar emprego e consumo no Estado; expectativas de crescimento no setor agrícola; a tendência de continuidade da política de valorização cambial do real ajuda na manutenção (ou mesmo queda) dos preços de produtos importados, incentivando as vendas desses produtos no comércio.

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?Existem alguns fatores que levam expectativas favoráveis para a economia no ano de 2007, com a tendência de desempenho positivo de variáveis macroeconômicas importantes como, por exemplo, a estabilização da inflação, queda nos juros durante o ano e indicativos de manutenção do aquecimento na economia mundial?, ressalta Piana. Por outro lado – conclui ele -, permanece no cenário interno uma variável macroeconômica que produz impactos restritivos na economia: é a carga tributária elevada.