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Os postos de gasolina poderão ser obrigados a fixar selo de qualidade dos produtos nas bombas de abastecimento e nos painéis que informam os preços, caso seja aprovado o Projeto de Lei 4301/2004, de autoria do deputado federal Hidekazu Takayama (PMDB-PR).

Pelo texto, o revendedor varejista que comercializar combustível fora das especificações não poderá fixar o selo de qualidade durante 30 dias e, em caso de reincidência, terá o registro cancelado, devendo fechar as portas.

Takayama argumenta que, apesar dos esforços do governo, a adulteração de combustíveis no País continua com índice bastante elevado, além de representar concorrência desleal para os revendedores que comercializam produtos de acordo com as especificações e que cumprem suas obrigações tributárias. "Para combater essa prática delituosa, é preciso proteger os consumidores dos maus comerciantes e tornar as punições para os revendedores faltosos mais rigorosas", disse.

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Ele lembrou que, de acordo com dados do Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, para cada 20 litros de combustíveis comercializados no Brasil, mais de um é adulterado. Na Grande São Paulo, 10% do combustível comercializado é de qualidade duvidosa. "Não bastasse pagar caro por um produto adulterado, o consumidor é obrigado a gastar na regulagem e conserto de seu veículo danificado pelo solvente. Acredito que, com o selo de qualidade, o consumidor terá a certeza de estar pagando por um produto de qualidade comprovada", argumentou.

Em sua opinião, a adulteração cresce a cada dia por causa da elevada carga tributária que incide sobre os combustíveis. "Conter a adulteração com o sistema tributário existente é praticamente impossível. No caso da gasolina, por exemplo, incide 54 centavos da CIDE por litro vendido. Assim, o estímulo para a adulteração é muito grande. É preciso reduzir a carga tributária."

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O consumidor não tem como identificar com exatidão o percentual de solventes na gasolina. Takayama recomenda que, enquanto não for aprovado seu projeto, o consumidor deve abastecer em postos de marcas conhecidas e de sua confiança. "É preciso suspeitar dos postos que cobram preços muito abaixo do mercado. Ninguém faz milagre nesse setor, onde a margem de lucro é pequena."