Com reestruturação, GM demitirá 21 mil nos EUA

A montadora norte-americana General Motors (GM) anunciou hoje a revisão de seu plano de viabilidade, que prevê a demissão de 21 mil pessoas e a eliminação da marca Pontiac até o fim de 2010. A montadora disse que irá se concentrar nas quatro marcas principais nos Estados Unidos – Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC – e que reduzirá o número de modelos para se focar em programas de desenvolvimento de novos produtos. O número de modelos será reduzido de atuais 48 para 34 até o ano que vem.

A companhia também irá reestruturar sua rede de concessionárias nos EUA, reduzindo o número de lojas em 42% até o fim de 2010. Tal corte implica o fechamento de 500 lojas, mas em um prazo quatro anos menor do que foi proposto no primeiro plano de viabilidade, apresentado em fevereiro deste ano. O plano estima que a empresa terá 19,5% de fatia de mercado no fim de 2009.

O executivo-chefe da GM, Fritz Henderson, disse que a companhia está adotando “ações difíceis, mas necessárias”, que são cruciais para a viabilidade de longo prazo da companhia. Ele afirmou que as negociações com relação a mudanças nos contratos com o sindicato dos trabalhadores, o United Auto Workers (UAW, na sigla em inglês), ainda estão em curso.

A administração do presidente norte-americano, Barack Obama, deu prazo à montadora até 1º de junho para apresentar um plano de reestruturação ou pedir concordata. Esse prazo foi dado depois de o governo ter rejeitado o primeiro plano de viabilidade apresentado, em 17 de fevereiro.

Troca de papéis

A GM anunciou hoje uma oferta para troca de US$ 27 bilhões em dívida não securitizada por ações ordinárias da companhia. De acordo com a montadora, o sucesso na troca de dívida por ações permitirá que a GM se reorganize sem precisar recorrer à concordata.

A GM está oferecendo 225 ações ordinárias a cada US$ 1.000 do volume principal da dívida em circulação. A troca será realizada apenas se 90% dos credores concordarem com os termos. A companhia disse por meio de um comunicado que espera pedir concordata se não houver adesão suficiente. A data limite para os credores aderirem à oferta é 26 de maio. A proposta de troca de dívida por ações foi encaminhada à Securities Exchange Commission (SEC), comissão de valores mobiliários dos EUA. As informações são da Dow Jones.