CNI: atividade da indústria tem em maio 3ª queda seguida

A indústria apresentou em maio a terceira queda seguida da atividade, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 03, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com o mês imediatamente anterior, com ajustes sazonais, é a terceira vez consecutiva que há retração dos indicadores industriais, com exceção das vendas reais do setor.

A utilização da capacidade instalada na indústria brasileira ficou em 80,7% em maio, segundo os dados. O índice ficou abaixo daquele registrado em abril, que foi revisado de 81,1% para 80,9%. Em relação aos 82,5% registrados em maio de 2013, pela série dessazonalizada, a utilização da capacidade instalada mostrou queda em maio de 2014.

Os indicadores industriais de maio, quando comparados a abril, mostraram queda – exceto as vendas reais, medidas pelo faturamento do setor, que subiram 0,3%. Nessa base de comparação, as horas trabalhadas caíram 0,4%, o emprego recuou 0,3%, a massa salarial real apresentou queda de 0,9% e o rendimento médio real caiu 0,2%.

Na comparação com maio de 2013, as vendas caíram 1,9% e as horas trabalhadas recuaram 2,4%. Por outro lado, o emprego apresentou alta de 0,6% e a massa salarial subiu 0,5%. O rendimento médio real ficou estável.

No último boletim Focus, divulgado na segunda-feira, 30, os economistas apontaram que a produção industrial deve ter um recuo de 0,14% em 2014. A CNI, entretanto, prevê uma alta de 1,7% no PIB industrial neste ano, segundo documento divulgado em abril. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 02, que a produção industrial recuou 0,6% na passagem de abril para maio, o terceiro resultado negativo consecutivo, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal.

Setores

De acordo com os dados da CNI, a utilização da capacidade instalada caiu na maioria dos setores em maio de 2014 ante o mesmo mês do ano passado. Só houve aumento da capacidade instalada em seis dos vinte e um setores pesquisados. A alta ocorreu em móveis, têxteis, bebidas, farmacêuticos, produtos diversos e outros equipamentos de transporte. Por outro lado, as queda mais acentuadas foram em impressão e reprodução, veículos automotores, alimentos e produtos de metal.

Veículos

O setor de veículos automotores foi o que apresentou a maior queda nas horas trabalhadas na produção e nas vendas reais em maio, segundo CNI. Houve recuo, respectivamente, de 15,9% e 15,3% na comparação de maio de 2014 com o mesmo mês do ano passado.

Segundo a CNI, esse resultado sugere “expressiva queda” no ritmo de atividade do setor. A queda na área de veículos foi mais intensa que a registrada para o setor industrial de modo geral, cujo recuo das vendas reais foi de 1,9% e de 2,4% nas horas trabalhadas. Também houve queda na indústria de veículos automotores de 5,4% na capacidade instalada, de 4,8% no emprego e de 12,9% na massa salarial.

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