CNI acredita que crise pode afetar investimento daqui a 1 mês

Os investimentos estrangeiros diretos (IED) continuaram ingressando no Brasil em janeiro, apesar da crise externa, porque são fruto de decisões tomadas há mais tempo. Essa avaliação é do gerente-executivo da unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco.

"Há um efeito inercial forte", comentou ele. Explicou que, daqui a um ou dois meses, é possível que a crise, dependendo de sua magnitude, tenha reflexos nas decisões de investimento. No caso do Brasil, os elementos que estimularam o ingresso de investimentos diretos ao longo do ano passado – como os fundamentos da economia em ordem e, principalmente, o mercado interno forte – continuam presentes. Por isso, o setor produtivo pouco reagiu às turbulências que afetam as bolsas de valores, avaliou o economista.

Dados divulgados pelo Banco Central mostraram que em janeiro, até ontem, ingressaram US$ 4 bilhões no País em investimentos estrangeiros no setor produtivo. Durante 2007, o IED foi recorde histórico, ao somar US$ 34,6 bilhões. Por outro lado, os números do BC divulgados ontem mostraram que os estrangeiros já retiraram neste mês US$ 1,8 bilhão de aplicações em bolsa e títulos, reflexo do impacto da crise internacional das bolsas.

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