CNDL vê nova Selic como marco para País pós-ditadura

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) avaliou, em nota divulgada à imprensa na noite da quarta-feira, que a redução da taxa de juros pelo Copom “é um marco para o Brasil pós-ditadura”. A entidade lembra que, pela primeira vez desde 1986, o País terá uma taxa de juro real mais próxima à praticada em países de economia madura, por volta de 2,8% ao ano.

“Os lojistas avaliam que a sétima baixa consecutiva na Selic, que está em processo de queda desde agosto de 2011, é um movimento acertado diante de um cenário de elevado de risco externo, que pode vir a se intensificar, caso se confirme a saída da Grécia da zona do euro, o que pode levar o mundo a uma nova rodada de desconfiança nos mercados e baixo crescimento global”, diz o comunicado.

Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a decisão do Banco Central abre espaço para que as instituições financeiras públicas e privadas deem continuidade ao movimento de queda dos spreads bancários. “Esse novo corte da Selic é um estímulo ao mercado doméstico, o que é boa notícia não só para o governo como para nós, lojistas, porque com juros menores efetivamente sobra mais dinheiro no bolso das pessoas para gastarem no consumo”, afirma Pellizzaro.

Ele destaca ainda que o juro real baixo “está sendo alcançado do jeito certo, ou seja, com juros baixos e inflação sob controle”. E acrescenta que “o cenário econômico de 2012, ainda que seja de baixo crescimento econômico, é um pouco melhor do que vivemos no primeiro semestre do ano passado, quando o País cresceu pouco e ainda teve de conviver com juros altos e uma inflação galopante”.