economia

CMN define procedimentos para crédito no regime de recuperação fiscal

Para possibilitar que os governos estaduais possam obter empréstimos juntos aos bancos dentro do Regime de Recuperação Fiscal dos Estados, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira, 19, uma resolução que exclui os empréstimos com garantia da União dos limites de exposição por cliente que devem ser respeitados pelas instituições financeiras.

A medida pode facilitar a contratação de um financiamento pelo Estado do Rio de Janeiro, o único que já aderiu ao regime – que suspende o pagamento da dívida com a União por três anos. Um empréstimo a ser tomado pelo Rio com aval do Tesouro Federal, no entanto, ainda não saiu.

O Comitê de Basileia já havia aprovado tal recomendação em 2014, mas os países tinham até janeiro de 2019 para adotar essa medida. Questionado, o diretor de regulação do Banco Central, Otávio Ribeiro Damaso, não confirmou se a medida foi antecipada pelo CMN especificamente para “destravar” o empréstimo do Rio. “O que fizemos foi abrir este espaço. Há que verificar caso a caso. Pode ser que sim, pode ser que não”, limitou-se a responder.

Além do Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul também negocia com o governo federal a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. O limite para a exposição a um cliente individual – que os empréstimos com aval da União não precisam mais cumprir – é de 25% do Patrimônio de Referência (PR) dos bancos.

Regulação prudencial

O CMN decidiu ajustar a regulação prudencial de instituições com perfil de risco simplificado. Damaso afirmou que a decisão é um dos passos para segmentar a regulação prudencial dentro a Agenda BC+ da autoridade monetária.

“Hoje existe um único segmento que tem o regime simplificado, que são as cooperativas de crédito”, explicou o diretor. “A partir de agora, outras instituições não bancárias com ativos menores que 0,1% do PIB e com perfil simplificado – como financeiras, corretoras de títulos, sociedades de arrendamento mercantil e sociedades de crédito imobiliário – podem aderir a esse regime”, completou.

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