De outubro do ano passado para janeiro deste ano, o Índice de Clima Econômico (ICE) caiu em nove das 11 principais economias da América Latina, revelou nesta quarta-feira (18) Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria pelo Institute IFO e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). As duas entidades calculam o ICE a partir dos resultados apurados para a sondagem, com base em entrevistas com 137 analistas econômicos em 16 países.

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As entidades consideram que resultados abaixo de cinco pontos nos índices indicam “clima ruim” na economia. Na análise das duas instituições, nas respostas encontradas pelos especialistas quando questionados sobre o andamento da economia nos países latino-americanos, em meio ao cenário de crise global, houve aumento da convergência de resultados, “tendência comum a períodos de forte crescimento ou desaceleração da economia mundial”, de acordo com o comunicado das entidades sobre a pesquisa, divulgado esta manhã.

Segundo avaliação da FGV e do Instituto IFO, com exceção de Peru e Uruguai, as outras economias da região estariam, em janeiro de 2009, em períodos caracterizados como recessivos, segundo os critérios da pesquisa.

O levantamento mostra ainda que a avaliação sobre a situação atual da economia, por parte dos especialistas, piorou significativamente em janeiro deste ano, na comparação com outubro do ano passado – mês em que foi divulgada a edição anterior da sondagem. Houve, no primeiro mês deste ano, deterioração mais expressiva nas avaliações atuais das economias do Brasil, Paraguai e Equador.

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Entretanto, o levantamento mostra que, em uma listagem de 11 países latino-americanos, ao se comparar os resultados de pontuação de cada um deles, de seus respectivos ICEs, Uruguai, Peru e Brasil lideram o ranking de clima econômico da América Latina, ocupando respectivamente a primeira, segunda e terceira posições, com resultados de 6,6 pontos, de 6,3 pontos e de 5,2 pontos respectivamente, em janeiro deste ano. Ou seja: esses três países detiveram em janeiro deste ano as melhores avaliações, por parte dos especialistas pesquisados, sobre o andamento de suas economias.

As entidades informam que, no ranking dos países, a única mudança de posição em janeiro deste ano, na comparação com outubro do ano passado, foi a troca entre o Equador e a Argentina, que agora têm, respectivamente, três pontos e 2,9 pontos em seus ICEs. Na edição anterior da sondagem, esses países contavam com respectivos 3,2 pontos e 3,6 pontos, nos resultados de seus índices de clima. A mudança em suas pontuações fez com que o Equador trocasse de lugar com a Argentina, país que agora passou a ter o pior clima econômico da região latino-americana – posição anteriormente ocupada pelo Equador, em outubro do ano passado.

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