Claro começa disputa por mercado

Com uma campanha agressiva de lançamento, a Claro – terceira empresa de celular que inicia operação no Paraná e Santa Catarina – espera atingir um terço do mercado de celular no País em quatro anos. Para isso, está investindo US$ 800 milhões em infra-estrutura, dos quais, US$ 95 milhões para a implantação nos dois estados do Sul. Como promoção de lançamento, a Claro está oferecendo tarifas zero, por três anos, entre celulares Claro da mesma cidade.

Formado pela união das empresas ATL, Tess, Americel, Claro Digital, BCP Nordeste e BCP São Paulo (em fase de aquisição), a Claro já conta com 8,8 milhões de clientes em 16 estados. A meta, de acordo com o diretor regional da empresa no Paraná e Santa Catarina, Raul Savio Prado Galhano, é ampliar esse número, já que até o final do ano também entra em operação nos estados da Bahia e Sergipe – não tendo autorização para operar em Minas Gerais e estados do norte.

Segundo Galhano, o Brasil tem um grande potencial na área de telefonia móvel a ser explorado. “Na América Latina o Brasil está em quinto lugar com 23% da penetração do mercado”, disse. Já o potencial de crescimento da região é muito maior, destaca o gerente. Enquanto no Rio Grande do Sul 33% da população tem celular, em Santa Catarina e no Paraná apenas 19,7% utilizam a telefonia móvel.

A empresa também promete investimentos parta ampliar o sinal, com a instalação até o final desse ano de quatro mil antenas – sendo 500 nos dois estados do sul. Nesse ano, inicia operação em 72 cidades com mais de 100 mil habitantes, e até julho de 2004 deverá estar disponível para todas as cidades do Paraná e Santa Catarina.

Lançamento

A empresa vai operar no sul com a tecnologia 100% GSM (Global System For Mobile Communications), e manterá o sistema TDMA nos estados onde já operava anteriormente. A GSM é utilizada em mais de 200 países e concentra cerca de 900 milhões de clientes. Entre as principais vantagens dessa tecnologia, está a transmissão de dados em alta velocidade, roaming internacional automático, envio de fotos, troca de e-mails e acesso e navegação à internet. Galhano garante que a tecnologia permite a troca de sistemas TDMA para GSM sem mudança de número, além dos aparelhos virem com um chip acoplado que permite transferir a agenda pessoal e outros dados de um aparelho para outro sem precisar nova programação.

As tarifas do pós-pago irão variar de R$ 35,00 até R$ 270,00, tendo como diferença que os gastos serão controlados em reais e não em minutos. O mesmo telefone poderá utilizar também o sistema pré-pago. “Se o cliente fez um plano de R$ 35,00 e gastou todo o valor, poderá creditar na conta um crédito do pré-pago”, explicou Galhano. E se durante o mês o cliente não gastar o valor total contratado, o excedente será creditado na próxima conta por até 60 meses. Já os cartões do pré-pago irão variar de R$ 15,00 a R$ 30,00, podendo ser adquiridos em todas as cidades em que a empresa opera.

A Claro terá como opções 35 aparelhos diferentes, que vão variar de R$ 150,00 a R$ 2,5 mil. Os preços só serão divulgados após primeiro de dezembro. Até essa data os clientes poderão se cadastrar para falar por três anos de graça com clientes Claro da mesma cidade – válido para os horários das 21h às 6h59, finais de semana e feriados nacionais. A partir de dezembro também a Claro inicia a troca de aparelhos de outras operadoras.

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