REFLEXOS

Cinzas do vulcão chileno impactam em setores como hotelaria e transporte

Com a crise nos embarques nos aeroportos da Região Sul, provocada pelas cinzas de vulcão chileno, o transporte rodoviário tornou-se o principal meio para viajar para o sul do País. A Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), por meio de sua assessoria, informou que as principais empresas que operam rotas com destino ao sul pretendem aumentar suas frotas de acordo com a procura dos passageiros.

Somente a Auto Viação Catarinense reforçou em 20% a frota regular de ônibus, nesta sexta-feira (10), para atender aos passageiros que se dirigem aos estados de Santa Catarina e São Paulo. A empresa já observa uma alta de 15% na movimentação de passageiros, em comparação a sextas-feiras normais.

As empresas Penha e Pluma, que atendem as regiões mais afetadas pela nuvem de cinzas vulcânicas, colocaram à disposição de seus passageiros seis carros por hora. Segundo informações da Urbs, esse aumento da frota por parte das empresas deve suprir a demanda.   

A rede hoteleira também sentiu o impacto provocado pelo fechamento dos aeroportos e cancelamento de voos. Em Curitiba, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) começa a calcular os prejuízos causados pela pane aérea. Segundo informações do setor, ocorreram inúmeros cancelamentos durante a semana. “Muitas reservas em hotéis, restaurantes e eventos foram canceladas e dificilmente serão repostas”, comenta Fabio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar).

O mês é um dos mais movimentados para o segmento e, segundo Aguayo, dificilmente serão repostos os prejuízos no setor. “Infelizmente vivemos e contamos com as reservas que foram canceladas e o turismo de negócio é grande injetor econômico no nosso meio. Só resta lamentar e esperar que passe logo a situação”, lamenta.