A adoção de feriados em dias de jogos na Copa do Mundo pode fazer com que o mês de junho seja um “desastre” do ponto de vista de vendas, segundo o presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias. Além do Rio de Janeiro, Fortaleza e Bahia têm projetos que miram tal objetivo. “Podemos ter sete, oito feriados só por causa dos jogos. Os feriados atrapalham a nossa vida. As vendas são muito menores porque as lojas fecham”, explicou ele, durante apresentação em evento do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP).

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Dias admitiu que, em termos de infraestrutura, o feriado ajuda, entretanto, destacou os impactos negativos para vendas uma vez que os movimentos ficam concentrados mais em restaurantes e bares. O mês de fevereiro, conforme ele, foi melhor por conta do fato de o Carnaval ter sido em março, que tende a ser impactado por menos dias úteis.

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) da Cielo apontou crescimento de 17,4% na receita nominal de vendas em fevereiro sobre o mesmo mês do ano passado. Descontada a inflação, a alta foi de 11,4%. Em janeiro, o ICVA havia apurado avanço de 15,9% na comparação ano a ano.

Apesar dos feriados previstos para 2014, o presidente da Cielo disse que o varejo não está tão ruim quanto parece em termos de crescimento nominal. “O humor está muito ruim e excessivamente negativo em relação ao Brasil haja vista o valor de mercado de algumas empresas. O mercado de consumo não está tão ruim quanto parece estar”, avaliou ele. “Acho que está exagerado”, acrescentou.

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Dias comentou sobre as perspectivas da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) para este ano, que espera que o crescimento nominal da indústria de cartões seja de 17,1% ante 2013. Segundo ele, a perspectiva é “muito boa”.

Sobre a possibilidade de a Cielo atuar em outros países, o presidente da companhia disse que o foco é de crescimento orgânico tanto no Brasil como nos Estados Unidos por meio da MeS.

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