Chrysler, Ford e GM temem quebra e pedem socorro

Duas das “Três Grandes de Detroit”, as maiores montadoras dos EUA, estão à beira do colapso, alertaram os executivos das empresas ao Comitê Bancário do Senado. Eles pediram ajuda de emergência do governo para evitar o que eles dizem seria uma “catástrofe econômica”. A perspectiva desanimadora das montadoras se tornou mais sombria quando o executivo-chefe da Chrysler, Robert Nardelli, revelou que sua empresa corre o risco de ficar sem dinheiro se não receber ajuda. Até terça-feira (18), o foco em Washington estava sobre a problemática General Motors, que enfrenta a crescente especulação que será forçada a pedir concordata.

“Sem um apoio financeiro imediato, a liquidez da Chrysler pode cair abaixo do nível necessário para sustentar as operações no curso normal”, disse Nardelli no depoimento, que foi a primeira de várias audiências programadas para esta semana no Congresso sobre a indústria automobilística. Nardelli se juntou aos executivos das rivais GM e Ford Motor para pedir US$ 25 bilhões em empréstimos.

Os executivos defenderam a administração de suas companhias, dizendo que precisam do apoio do governo para enfrentar a crise econômica, não por falha na tomada de decisão. Eles buscaram combater as críticas disseminadas de que não fizeram o suficiente para reestruturarem suas companhias. O depoimento dos executivos das montadoras ocorre no momento em que os democratas tentam empurrar uma proposta para fornecer mais US$ 25 bilhões ao setor. Os republicanos se opõem à ajuda e ameaçam barrar a medida.

“Isso é mais do que apenas Detroit”, disse o executivo-chefe da GM, Richard Wagoner, em seu discurso, argumentando que a falência de uma montadora teria efeito propagador através da economia. “É sobre salvar a economia dos EUA de um colapso catastrófico.” O executivo-chefe da Ford, Alan Mulally, disse que embora sua companhia não esteja tão em risco quanto a GM, um colapso de sua rival seria sentida nas operações da Ford “em poucos dias, se não, em horas”. Ele disse que a indústria automobilística é única na qual fabricantes concorrentes são servidos pelos mesmos fornecedores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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