China segue rumo à abertura, diz ministro de Comércio

O ministro de Comércio da China, Chen Deming, afirmou hoje que um dos focos do 12º Plano Quinquenal da China é dar prosseguimento à abertura econômica, com ênfase ao aumento das importações e dos investimentos realizados fora do país. “Vamos encorajar mais empresários chineses a fazerem negócios no exterior, ou seja, estaremos voltados a importações e investimentos no exterior”, disse o ministro.

Para uma plateia de empresários brasileiros e chineses em evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, Chen destacou o crescimento do mercado interno chinês e voltou a afirmar que o país continuará abrindo seu mercado para produtos brasileiros, mas que o aumento da participação de mercadorias industrializadas na China depende de esforços de ambos os países. “O Brasil tem muitos produtos de boa qualidade que o povo chinês não conhece, por isso os brasileiros precisam aproveitar oportunidades para expor produtos em feiras de negócios chinesas”, acrescentou.

A exemplo do que disse mais cedo no Itamaraty, Chen avaliou que o Brasil precisa criar um ambiente melhor para investimentos estrangeiros no País. “A estrutura da indústria define a estrutura de exportação de um país. A China tem muitas empresas pioneiras que desejam investir no Brasil e contribuir para indústria brasileira”, disse o ministro. “Obrigar as empresas a enfrentar a concorrência deu competitividade à indústria chinesa e, com certeza, a abertura também vai tornar o Brasil mais forte”, completou.

Para o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o êxito comercial da China nos últimos 30 anos deve servir de exemplo para o Brasil. “Grandes empresas chinesas estão desenvolvendo projetos com o objetivo de transferir tecnologia e montar plantas industriais no País, para que possamos também aproveitar a alta produtividade chinesa”, disse Pimentel.

O ministro brasileiro afirmou que o Brasil buscará ter maior participação no mercado de consumo chinês. “É o maior saldo comercial que nós temos. Não temos nenhuma queixa do ponto de vista quantitativo, mas a qualidade da nossa balança nos preocupa. Por isso, podemos e devemos ocupar um espaço maior naquele mercado”, concluiu.

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